No último dia 2, o mundo político brasileiro viveu um momento de ebulição. Apesar de ser anunciada uma tal de “nova política”, com alguns atores políticos apresentando-se como paladino da moral e dos bons costumes, o fisiologismo dominou as movimentações que mostraram que “tudo continua como dantes no quartel de Abrantes”, como diz o ditado popular.
A frustração alimentada pela traição, geralmente vem da decepção pelo abandono de uma pessoa em especial – aquela que sempre fez parte da realização – que não aconteceu – de um sonho.
O eterno Belchior, inspirado, deixou registrado na música Divina Comédia Urbana a expectativa gerada por essa pessoa. No momento angustiante da decisão, como “um goleiro na hora do gol”. E quando essa pessoa não corresponde às expectativas, a decepção transforma a derrota em abatimento e acaba por personalizar a mágoa pela promessa e expectativa não cumprida.
Quem tem vivido toda essa mistura de emoções é o ex-candidato a deputado estadual, João Batista Goncalves de Castro Segundo, o Segundo (Patriota). Segundo ex-assessores do empresário, focado em chegar ao poder, Segundo assumiu “o risco” e injetou nas mãos de um vereador da Capital quase R$ 1 milhão de reais – mais da metade dos seus bens declarados -, que deveriam ser convertidos em votos. Muito confiante – e, no caso em tela, a autoconfiança é um lobo -, o parlamentar ludovicense teria “encofado” o faz-me rir, dando como certa a vitória pensando que a política é uma coisa estática, quando na verdade é dinâmica.
Dos 5 mil votos prometidos, talvez por achar que se tratava de uma eleição de vereador, o cabo-vereador não conseguiu 2.
Resumo da ópera: por 500 votos – agora sendo imputado o “vereador-cabo eleitoral” -, Segundo terá que deixar em 2º plano subir a rampa do Palácio Manuel Beckman.
O vereador, que não dá ponto sem nó, ficou de fazer o Pix devolução.
A foto acima, segundo pessoas próximas ao quase deputado, registra o momento em que Segundo foi “enterrado”…