O delito de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro, é legalmente definido como “obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento.”
O blog, dias atrás, mostrou que o ex reitor da UEMA e ex deputado federal Waldir Maranhão (PDT) está indo ladeira abaixo desde que revogou própria decisão de anular impeachment. O presidente interino voltou atrás da anulação da votação do impeachment na Câmara, teatro que lhe custou o mandato e a carreira política.
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Segundo notícias da época, o deputado estava sendo pressionado por todos os lados por causa da decisão de tentar dar um golpe no golpe, estando sob ameaça de expulsão do partido e a perda do mandato. O documento mostrado pela revista, no entanto, mostra a assinatura de Maranhão, mas não estava datado.
Documento obtido pelo blog, no caso de locação de imóvel e logo em seguida venda pra um terceiro sem aviso ao pai de família que teve que se desfazer de 2 motos para alugar “o ponto” queima a largada do pretenso candidato a vereador em 2024 na capital maranhense.
O documento acima mostra que o ex manda chuva do Progressistas no Maranhão pegou o dinheiro do empresário, que luta desde 2019 para reaver o dinheiro.
Waldir, segundo o prejudicado, diz todo dia que vai dar um jeito de pagar, só não diz quando e usa a desculpa de que está em Brasília (DF).
Caso pense em lançar candidatura a vereador de São Luís em 2024, Maranhão precisa ir quitando esses passivos pra que, evitando um desgaste necessário na caminhada…
Leia, na íntegra, reportagem de O Globo que mostra que o deputado que sempre se aliou a quem está no poder e pretendia chegar ao Senado.
SÃO LUÍS – Em 2006, o então reitor da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), o médico veterinário Waldir Maranhão, pegou alguns colegas de surpresa. Sem ter revelado suas pretensões políticas e há três anos no cargo, ele deixou o posto para concorrer a uma vaga de deputado federal na eleição daquele ano, com a bênção do então governador José Reinaldo (PSB). Desde então, sempre esteve ao lado de quem comanda o estado. Foi secretário de Roseana Sarney e hoje está com o rival dela, o governador Flávio Dino (PCdoB), fazendo indicações para cargos. Sua meta agora é conseguir o posto de senador da República nas próximas eleições gerais. Para isso, tem filiado candidatos a prefeito que, se eleitos, podem ajudá-lo a pavimentar o caminho até o Senado.
Quem vê hoje Maranhão no comando da Câmara não consegue entender muito bem como ele chegou lá. No próprio estado natal, dominado pelos Sarney, o parlamentar era tido como um político apagado. Seguiu assim no Congresso, onde era do baixo clero. Maranhão tornou-se mais conhecido ao ser citado na Operação Lava-Jato e, depois, quando assumiu a Casa após Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ser afastado.
Até hoje, parentes do deputado moram por lá, mas nem isso o faz ter uma frequência maior no bairro. Quando está no estado, ele fica em Olho D’Água, região que em nada lembra a pobreza do lugar onde cresceu.
Há em Lira quem o chame de professor, profissão que exerceu na Uema antes de virar reitor. Aliás, o estado cobra do deputado R$ 370 mil (sem correção monetária) de salários que ele recebeu sem ter dado aula. Maranhão disse que devolveria os recursos, mas pediu que isso fosse feito de forma parcelada.
Antes de cursar Medicina Veterinária na Uema, o deputado estudou no Liceu Maranhense. Pelas salas de aula da instituição, criada em 1838, já passaram nomes como o poeta Ferreira Gullar, a cantora Alcione e políticos como os ex-governadores do Maranhão Roseana Sarney e Jackson Lago. Foi na escola — a segunda mais antiga do Brasil, atrás apenas do Colégio Pedro II, de 1837 — que o ex-presidente José Sarney começou a militância política, no grêmio estudantil.
O GLOBO teve acesso aos boletins do presidente interino da Câmara que demonstram que ele era um aluno inconstante, com notas que variavam de 5,3 em português, na 7ª série do ensino fundamental, a 9,6 em química no 2º ano do ensino médio. Essa inconstância Maranhão demonstrou ao anular as sessões do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff para, horas depois, voltar atrás.