O blog do Neto Cruz, que pauta a política do Munim, recebeu documento que mostra que a Prefeitura da Icatu pleiteia contrair um empréstimo financeiro na ordem de R$ 70 milhões. O débito seria contraído via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Walace conta com a subserviência dos vereadores, que já deram o “ok”.
Walace deveria detalhar e explicar para a população, com mais exatidão – por uma questão de boa governança e respeito ao povo – o planejamento dessas possíveis aplicações de recursos: onde investir, quanto destinar, qual o valor dos encargos financeiros a serem pagos, qual o retorno prático dessas obras de infraestrutura (em forma de impostos) e etc e tal. Em outras palavras, um planejamento demonstrando de todas as operações – traçar uma espécie de balancete prévio, para saber se realmente vale a pena endividar o município. Aliás, não custa nada lembrar o nome da coligação partidária pela qual se elegeu o atual gestor: Icatu, cidade de todos.
No primeiro momento, empréstimo financeiro é sempre uma “faca de 2 gumes”, sobretudo à administração pública, principalmente os adornados com prazos dilatados para pagamento. Se mal planejado, poderá comprometer a administração de um outro ator político, mais adiante e até mesmo a cidade como um todo, por décadas. Nesse contexto, serenidade e equilíbrio se faz mister.
Outra marca negativa dos que já administraram a histórica Icatu é o fenômeno que ocorre próximo às eleições, quando a folha de pagamento da prefeitura é engordada, no sentido da formação do chamado exército de contratados, isso, até os postes da cidade sabem muito bem como acontece.
Assim sendo, mesmo sabendo que os recursos oriundos do empréstimo terão que ser obrigatoriamente aplicados em obras de infraestrutura e saneamento, conforme consta no documento em anexo, o icatuense – mesmo o que não gosta de se envolver em questões políticas – deve ser vigilante para que a possível bolha da prosperidade, criada, por ocasião de uma receita extra e em curto prazo, não enseje em uma tremenda dor de cabeça, em um futuro próximo.
Realiza ‘mais com menos’ é uma das características de um bom e bem intencionado gestor – como é comum ouvir dos que querem chegar ao poder em período de campanha. Enxugar a máquina pública seria um dos primeiros passos a serem tomados pelo prefeito. Via de regra, eles preferem não causar algum tipo de desgaste político, sobretudo num primeiro mandato, quando o gestor tem a possibilidade de disputar um novo mandato sem sair da cadeira. Aliás, (reeleição) algo que certamente segue na ordem do dia, no chamado mapa astral político do atual prefeito, Walace Azevedo, do Republicanos.
A sorte está lançada ao povo de Icatu…
EM TEMPO
Ainda jogando luz na saúde financeira do erário municipal, em sintonia com grupos locais que se revezam no poder, não custa nada lembrar que não é incomum a repetida cantiga dos políticos, recém-chegados à cadeira mais importante do município, alardearem que encontraram os cofres da prefeitura arrombados. É o famoso discurso de terra arrasada… (Walace estaria usando esse discurso para endividar a sofrida Icatu?)
Veja o documento na íntegra: