Segundo estimativa da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps) realizada em 2022 o Brasil tinha cerca de 21 mil pessoas com albinismo, que é uma condição genética rara que exige uma série de cuidados especiais com a pele e a visão. A quantidade de pessoas com albinismo no Brasil é apenas uma estimativa, pois o país não faz esse levantamento.
O país não sabe exatamente quantos albinos existem no Brasil, bem como onde estão e quais são suas necessidades, sendo muito mais complexo implementar políticas públicas direcionadas a esses brasileiros. Pessoas com albinismo possuem falta de pigmentos, com pele, cabelos e olhos claros, o que faz com que sejam extremamente suscetíveis ao câncer de pele e prevalência de baixa visão.
Os cuidados necessários consistem em evitar a exposição excessiva ao sol, na utilização constante de protetor solar, roupas, bonés e óculos especiais que protejam contra a radiação UVA e UVB. Além dos problemas físicos, há o problema de ordem social pois as pessoas albinas chamam a atenção por onde passam e especialmente na infância e adolescência podem ser alvos de chacotas e bullying, fazendo com que muitos deles tenham uma personalidade mais retraída.
O albinismo ocorre em todos os grupos populacionais, independente de raça, etnia, sexo, classe social e em todos os países do mundo, porém, é importante pontuar que não compromete o desenvolvimento físico, mental e intelectual. Curiosamente, a maior comunidade de albinos do Brasil vive na Ilha dos Lençóis, na Reserva de Cururupu, no estado do Maranhão.
De modo geral, essa população ainda invisível aos olhos do estado brasileiro e da população em geral e necessita de políticas públicas que visem a garantia dos direitos fundamentais, como a atenção à saúde, acesso à educação e ao mercado de trabalho.
Nesse cenário, pessoas com albinismo, pais, mães e responsáveis por crianças albinas em todo Brasil têm se organizado para lutarem pelos direitos dessa população, inclusive com a existência de um projeto de criação da Associação Nacional de Pessoas com Albinismo (APALBR), entidade sem fins lucrativos, de utilidade pública e pluralista.
Aos interessados em integrar a Associação, poderão entrar em contato pelo WhatsApp (98) 99204-4020 (falar com Tiago)