Enquanto o presidente Bolsonaro (PL) ainda assimilava a derrota para Lula13, os que se dizem representantes da Direita fizeram errado ao se anteciparem para tentar mostrar algum serviço ao Capitão.
Um deles foi o 4º suplente de deputado estadual Filipe Arnon (PL), que provavelmente não assumirá a vacância uma vez que deixou de cumprir, de ofício, seus compromissos com o CRCMA.
Se um dia, quiçá, pensar em chegar ao púlpito da tribuna do Plenário Nagib Haickel, já é um exemplo a não ser seguido.
Ao decidir quebrar o silêncio, Bolsonaro foi sensato e pediu que os caminhoneiros protestantes destravassem as estradas e permitissem o direito constitucional de ir e vir. Já Arnon, precoce, horas antes do pronunciamento presidencial insuflava que os fanáticos promovessem a desordem e arruaça, enquanto ele curtia um reggae de responsa Bar do Nelson sonhando acordado na recondução do mito ao poder.
Bolsonaristas fizeram mais de 300 bloqueios em estradas de 25 estados e no DF.
As manifestações do “representante” dos Contadores do Maranhão – que teve uma votação até expressiva em relação a outros candidatos que não tiveram nem 5% dos votos da classe que dizem representar – soaram como golpistas, uma vez que contesta o resultado das eleições.
Perdedor em ato contínuo, F. Arnon ainda não teria engolido a derrota para o atual grupo que vem conduzindo o CRCMA e ficou com os nervos à flor da pele ao saber que não tem mais a senha das redes sociais do Conselho, onde antes dava as cartas. Num gesto em busca de melhorias à Classe Contábil, o CRCMA aproveitou o momento político – já que muitos que se dizem representantes da Classe querem usar a Casa dos Contadores como trampolim político, pensando no bolso – para parabenizar o barbudo, post que deixou o minion em estado de delírio.
J. Bolsonaro gravou vídeo nesta quarta-feira (2) solicitando que seus apoiadores liberem as rodovias federais que estão sendo ocupadas. Ao realizar o “apelo”, Bolsonaro pediu que seus seguidores não “pensem mal” dele e afirmou que eles podem fazer outros tipos de manifestações.
Na contramão das ordens do seu guru, Arnon se esconde atrás de um tuíte do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) que repudia fala descontextualizada de Lula sobre os contadores.
O mesmo CFC que em dezembro de 2018, segundo o site da quinta-essência da Contabilidade, enviou ofício ao presidente que tinha acabado de ser eleito Jair Bolsonaro para externar apoio ao novo governo e, também, apresentar as propostas da classe contábil para o desenvolvimento do País.
Em grupos de WhatsApp, figuras do staff do Conselho Federal nunca esconderam seu viés bolsonarista.
A dor de cotovelo segue Ad aeternum…