A Secretaria de Estado da Saúde (SES) anunciou, nesta sexta-feira (12), as medidas de controle e vigilância dos casos de Monkeypox no estado, que vêm sendo implementadas diante da confirmação do primeiro caso da doença no Maranhão. Durante coletiva à imprensa, foram abordados também os cuidados que podem ser tomados, as formas de transmissão e a rede disponível para atendimento.
O secretário de Estado da Saúde, Tiago Fernandes, enfatizou que a rede pública de saúde está organizada para o atendimento aos casos da doença e diferenciou a Monkeypox da Covid-19.
“É preciso que a população tenha acesso às informações corretas e de qualidade. A transmissão do vírus monkeypox é bem menor que a da Covid-19 e os casos, em sua maioria, são leves. Nosso planejamento para lidar com a chegada da doença ao estado teve início antes mesmo da confirmação do primeiro caso no país e, agora, estamos colocando em prática as medidas necessárias”, afirmou o secretário.
Para atender os pacientes com suspeita da doença, foi definido um fluxo que tem como porta de entrada as Unidades Básicas de Saúde e as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) em caso de necessidade de assistência médica. Na capital, as referências para casos moderados e graves que precisarem de internação são o Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM) e o Hospital da Ilha; nas demais regiões, os hospitais macrorregionais.
A Secretaria de Estado da Saúde tem orientado os municípios quanto à identificação e notificação dos casos suspeitos.
“Estamos trabalhando em conjunto com o Lacen, com a Rede de Saúde da SES, além de participar de todas as reuniões do Ministério da Saúde a fim de repassarmos as condutas e orientações aos municípios quanto às medidas de enfrentamento”, explicou a superintendente de Epidemiologia e Controle de Doenças da SES, Tayara Ribeiro.
O médico infectologista Bernardo Bastos reiterou que a transmissão da Monkeypox acontece com o contato prolongado com uma pessoa infectada.
“Não é uma síndrome respiratória como a Covid-19 que você poderia pegar facilmente se fosse ao supermercado, por exemplo. A preocupação maior é quanto à transmissão entre membros da própria família ou entre pessoas que têm um relacionamento mais íntimo”, disse o infectologista, que também enfatizou que, para ser considerado um caso suspeito, é necessário que a pessoa apresente as lesões características da doença.
Também participaram da coletiva, o diretor do Laboratório Central do Maranhão (Lacen-MA), Lídio Gonçalves; e o diretor do Hospital Dr. Carlos Macieira (HCM), Edilson Medeiros.
Cenário
O Maranhão possui, até o momento, apenas um caso confirmado da Monkeypox. Trata-se de pessoa do sexo masculino, de 42 anos, residente em São Luís, com comorbidades, sem histórico de viagem. O paciente encontra-se positivamente estável e com previsão de alta.
Outros nove casos estão sendo investigados e aguardam resultado de exame para que seja confirmada ou descartada a suspeita da doença. Os casos em investigação estão nos municípios de São Luís, Barão de Grajaú, Bela Vista, Buriticupu, Paraibano, Tutóia e Timon.