A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretária Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas), realizou na última quinta-feira (19), uma força tarefa, com vistas a fazer a atualização cadastral do Cadastro Único (CadÚnico) dos migrantes e refugiados com moradia na capital. A ação aconteceu no Auditório da Semcas (Bairro de Fátima) e tem como intuito garantir o acesso deles aos programas sociais e de transferência de renda e faz parte da política de gestão do prefeito Eduardo Braide de garantia de acesso a direitos à população em situação de vulnerabilidade social.
“A atualização e inclusão no CadÚnico é de suma importância para que essa população receba os benefícios aos quais tem direito, como Bolsa Família, Tarifa Social de Energia, e auxílios eventuais, como cestas básicas. A partir desse momento, eles passarão a ser acompanhados pelo Cras da região em que estão residindo. Também estamos articulando outras frentes de trabalho para qualificar ainda mais a assistência a esse público, como parte das políticas do Município”, afirmou a gestora da Semcas, Rosângela Bertoldo.
A Prefeitura integrou, entre os meses de maio a abril deste ano, a pesquisa de deslocamento migratório conduzida pela Organização Internacional Para Migração (OIM) e a Secretaria Nacional de Assistência Social do Ministério da Cidadania. Os trabalhos foram acompanhados pela Semcas e tiveram como objetivo identificar os migrantes e refugiados que utilizam as ruas da cidade em busca de auxílio financeiro.
Como balanço das atividades de abordagem junto aos grupos familiares, as equipes da Semcas constataram que oito famílias, totalizando 36 pessoas, moradores do município de São Luís. A partir desse levantamento, a Semcas iniciou o atendimento para verificar suas principais demandas e prosseguir com o atendimento do órgão.
Além da atividade de cadastramento desse público, a Secretaria está dialogando com outras instituições e políticas públicas para direcionar as necessidades apontadas pelos grupos aos órgãos competentes. Foram realizadas 10 atualizações cadastrais e uma inclusão no CadÚnico.
Jonata Zapata, 19 anos, foi um dos indígenas da etnia Warao presentes na ação. Ele faz o papel de intérprete junto a comunidade, visto ser um dos poucos a compreender a língua portuguesa, e afirmou que eles estão no Brasil há três anos e chegaram via a cidade de Pacaraima, localizada no Estado de Roraima, na fronteira com a Venezuela.
Depois de percorrer várias cidades, o migrante está em São Luís há três meses com a esposa.
“Nós já passamos por três cidades além de Pacaraima”. De lá fomos para Manaus, Santarém, Belém e agora São Luís e posso afirmar que nenhuma das cidades fizeram isso que está acontecendo agora. Nós estamos muito esperançosos com os diálogos feitos com a gente”, contou Jonata.