No não tão longínquo ano de 2014, Flávio Dino tinha grudado no peito um adesivo em apoio ao então candidato à presidência da república Aécio Neves (PSDB). À época, Dino alegou ter adotado postura de respeito à coligação plural, ampla e democrática que foi feita para conduzi-lo ao Palácio dos Leões.
Em 2018, Flávio Dino consegue se reeleger em primeiro turno e mira, desde poucos meses após sua reeleição, o Palácio do Planalto. Dino fez périplos para Curitiba em visitas ao ex-presidente Lula, que se encontrava preso, tudo na intenção de colar a sua imagem à do petista.
O site Metropoles traz um artigo que trata sobre a estratagema dentro da oposição de esquerda ao Presidente Jair Bolsonaro. Uma das entrevistas traz falas do governador do Maranhão, Flávio Dino.
Embora o PCdoB assine o pedido com o PT, o partido, que foi um dos mais fiéis aliados durante o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, também se divide entre o lulismo e o antipetismo. Orlando Silva (PCdoB-SP), que pretende ser candidato à prefeitura de São Paulo, tem um diálogo bem mais próximo com Ciro e Marina. O governador do Maranhão, Flávio Dino, se diz pertencente à “esquerda lulista”. Apesar do alinhamento com Lula, ele mantém bom diálogo com Ciro e Marina e aponta o sentimento de “mágoas pretéritas” como razão do alijamento do PT.
“Acho que nesse momento ainda há muitas águas pretéritas. Não quero julgar se estão certas ou erradas. É uma constatação objetiva. São mágoas pretéritas que dificultam o diálogo. Mas nós temos que perseverar, porque ele é necessário.”
Dino, por sua vez, aponta o PDT como um partido “frentista”. Diante disso, se diz otimista com que no futuro as pendengas possam ser resolvidas. “Historicamente, o PDT e o trabalhismo são correntes políticas frentistas no Brasil. Não vejo o trabalhismo com esse espírito isolacionista. Por isso que eu sou otimista. O que a gente enxerga hoje é a verberação de mágoas pessoais. Mais adiante, espero ser possível superar isso, porque isso atrapalha a construção de uma frente ampla na esquerda”, ressaltou. “Eu fiz um debate com a Marina e o Ciro em um clima excelente, mesmo me situando mais no campo lulista. Meu partido é um partido lulista. Eu me situo no campo da esquerda lulista, vamos chamar assim”, ressaltou Dino.
Com isso, se vê claramente que Flávio Dino dança conforme a música e sua questão ideológica muda de passo conforme o tom…