O Instituto Periferia, fundado em 2006, por Márcio Rogério Leonardi, que é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) por suspeita de desvios de verbas de emendas parlamentares, faturou R$ 850 mil reais executando projetos tocados pela Secretaria Municipal de Desportos e Lazer (Semdel), pasta comandada por Rommeo Amin, do PCdoB.
Curioso é que os valores executados em 2018, ano em que o atual governador Flávio Dino concorreu à reeleição, superaram quase dez vezes mais recursos que a mesma entidade operou em 2017.
Conforme apuração do site, os ganhos com projetos executados pela instituição filantrópica são equivalentes aos das maiores entidades que atuam no setor.
No ano passado, a bagatela somou R$ 1,1 milhão, sendo R$ 850 mil da Semdel e R$ 250 mil, pagos pela Secult. Em 2019, por exemplo, o faturamento do Periferia na gestão do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) passa dos 300 mil reais, com projetos executados pelas pastas da cultura e esporte.
O pagamento das emendas é exclusivamente da Prefeitura, que faz a análise da documentação no momento da celebração do convênio, bem como na liberação de recursos. Tanto é assim, que o Diário Oficial do Município (DOM), edição do dia 25 de julho de 2018, trouxe a Portaria nº 52/2018, designando servidores para acompanhar e fiscalizar a execução do Termo de Fomento nº 23/2018 de cooperação mútua celebrada entre a Semdel e o Instituto Periferia.
Além da Semdel, a entidade também prestou serviços ao Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia, durante o período em que a pasta era comandada por Julião Amin, pai de Rommeo; e também executou projetos de responsabilidade de outro órgão da administração estadual. Os detalhes serão revelados nos próximos dias. Aguardem!