O aristocrata milanês Cesare Bonesana, Marquês de Beccaria, que é considerado o principal representante do iluminismo penal e da Escola Clássica do Direito Penal, usou em sua obra “Dos Delitos e das Penas” disse que sedução da eloquência é precisa, geometricamente falando. Dino vem, sem sombra de dúvidas, usando do mecanismo para propagar seu nome, rumo ao Palácio do Planalto.
Ao participar de agenda em Goiânia, nesta quarta-feira (11), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) concedeu entrevista para uma rádio local e foi questionado sobre a possibilidade de ser candidato à Presidência da República em 2022. Flávio Dino respondeu que depende de uma série de outros fatores e que não faz parte de uma decisão só dele.
Em determinado momento, os entrevistadores pediram que Dino desse uma nota ao governo federal e ele frisou que falta na no governo Bolsonaro a preocupação em diminuir o desemprego no país. “É um governo que não fala de emprego, aparentemente acha que o desemprego é normal, quando nós sabemos que destrói famílias. Então, por conta de desses fatores econômicos, sociais e políticos, acho que 2 é uma nota justa”, comentou.
Questionando ainda pelos entrevistadores, Flávio Dino reafirmou o motivo por ter dado uma nota tão baixa. “Eu vou avaliar aquilo que, a meu ver, é predominante, ou seja, uma tendência a conflitos, belicismo, paralisia administrativa, mas reconhecendo o esforço de alguns, eu acho que uma nota 2 seria justa”, pontua.
Porém, Dino não fez questou de suprimir – intencionalmente – dados do estado que governa, o Maranhão.
O desemprego no Maranhão cresceu em 2017, aponta IBGE. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) divulgada nesta sexta-feira (23) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 13,3% dos maranhenses estavam desempregados até o quarto trimestre de 2017.
Já em 2018, o governo de Flávio Dino (PCdoB) bateu o recorde no número de desemprego no Maranhão desde 2012. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desocupados no estado chegou a 15,6 no primeiro trimestre deste ano. Percentual é maior nos últimos sete anos. A informação é do Blog do Gilberto Leda.
Ainda na gestão do pretenso presidenciável, no ano de 2019, o Maranhão e a Bahia ficaram como os dois estados com o maior número de desalentados do Brasil, segundo novo resultado da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), referente ao segundo trimestre de 2019, divulgado hoje (15) pelo IBGE.
De acordo com o levantamento, a maior parte dos desalentados está na Bahia (766 mil pessoas). No Maranhão são 588 mil pessoas – eram 561 mil no primeiro trimestre.
O desalentado é o cidadão que, em idade ativa de trabalho, desiste de procurar emprego por falta de oportunidades.
Isso Flávio Dino fez questão de não falar na entrevista…
Com informações do http://www.vermelho.org.br