A sociedade maranhense foi surpreendida, novamente, na última quarta-feira (03) com a notícia de mais uma morte, de mais uma vida sendo ceifada em meio ao público. De um lado, tem-se a morte de um assaltante, um marginalizado por fatores que, aqui talvez, não sejam conveniente mencionar… Um jovem, sim, um jovem assaltante. De outro, uma moça, uma jovem, estudante de enfermagem, com planos e sonhos, com medos e desafios, e com força para lutar, mas que repentinamente teve seus planos massacrados e a sua vida retirada. Episódio extraordinário? Infelizmente, não.
Tem-se aqui 4 assassinatos dentro de coletivos em menos de 1 mês. Em menos de 5 meses, São Luís já soma 186 assaltos a ônibus. Os números de 2015 já representam mais de 50,8% do total de assaltos a coletivos de todo o ano passado.
Ora, o cidadão passa a ter a violência como companhia diuturna e a vida cada vez mais tem sido banalizada. São sonhos, planos, famílias, futuros que estão sendo destruídos… A morte tem se tornado a regra. E a vida? Bem, essa tem sido a exceção.
Não podemos banalizar tal cenário ao ponto de tratar a morte de uma estudante como algo simples e fútil. Não, não o é. São sonhos que não mais existem, um futuro que tornou-se pretérito da forma mais repentina e cruel e, principalmente, uma lacuna que jamais será suprida na realidade dos familiares que perderam um ente querido.
Hoje, o pai de família, o estudante, o trabalhador sai de casa e não mais sabe se poderá voltar para o seu lar. O sentimento de vulnerabilidade permeia a sociedade que, aterrorizada, passa a temer ações que antes seriam comuns, como a simples locomoção através do transporte público.
Deixo aqui as minhas condolências e que Deus possa consolar a todos os familiares e amigos da estudante e de todos aqueles que foram vítimas dos conseguintes da insegurança.
Ressalto o caráter EMERGENCIAL de se enfatizar a Segurança Pública em nosso Estado e, por isso, tenho apresentado, desde o início do mandato, proposições em defesa da Segurança Pública, como as que solicitam a nomeação imediata de mais policiais militares e civis, além de projetos como o que institui a gratificação por arma apreendida. Mais do que meras proposições ou posicionamentos, almeja-se à concretude do direito à segurança e, sobretudo, à proteção daquilo que o ser humano possui de mais importante: a vida!