Por: Assessoria de Imprensa do PPS
Integrante da CPI da Petrobras, a deputada Eliziane Gama (PPS-MA) quis saber do executivo da Toyo Setal, Augusto Mendonça Neto, se ele teria conhecimento de que o Conselho Administrativo da estatal conhecia o esquema de corrupção que funcionava na empresa.
Augusto foi ouvido em sessão da CPI por mais de seis horas, nesta quinta-feira.
“Vossa senhoria sabe se o conselho administrativo da Petrobras sabia do esquema de corrupção na estatal?”, questionou a parlamentar.
O depoente disse acreditar que o conselho não tinha este conhecimento.
Vaccari
A deputada do PPS também perguntou a Mendonça sobre detalhes dos encontros que ele teria tido com João Vaccari Neto, tesoureiro licenciado do PT e preso na operação Lava Jato. O executivo diz ter feito doações ao Partido dos Trabalhadores.
“Eu não consigo acreditar que depois de o senhor receber a recomendação do (Renato) Duque (ex-diretor da Petrobras também preso na Lava Jato) para doar ao PT por intermédio do Vaccari, o senhor não tenha tido nenhuma conversa com o tesoureiro do PT”.
“A minha conversa com Vaccari se deu no sentido de que eu aparecia como uma empresa que deveria doar ao PT e ela (reunião) aconteceu por meio do Duque”, respondeu o executivo da Toyo.
Eliziane também indagou o depoente sobre o pagamento de recursos por uma das empresas de Augusto Mendonça a uma gráfica no interior de São Paulo, ligada ao PT.
“O senhor conhece os donos da gráfica Atitude, para quem teriam sido pagos R$ 2 milhões por empresa de sua propriedade?”, perguntou.
O depoente disse não conhecer os proprietários da empresa gráfica.
Os donos da Atitude são: Teonílio Monteiro da Costa, Tarcisio Secoli e Luiz Claudio Marcolino. Eles são alvo de um requerimento de convocação apresentado por Eliziane Gama para prestarem esclarecimentos na CPI. A gráfica teria sido utilizada por Vaccari Neto como ponte para a receptação de propina de recursos desviados da Petrobras.
Além de doações de campanhas, o executivo da Toyo afirmou aos deputados que fez depósitos numa conta no exterior para abastecer o esquema de corrupção investigado pela operação Lava Jato.