Os recentes desentendimentos dentro do Partido Liberal (PL), liderados pelo presidente nacional Valdemar Costa Neto e o ex-presidente Jair Bolsonaro, têm gerado repercussões significativas para os deputados federais maranhenses Josimar de Maranhãozinho e Pastor Gil. As divergências surgiram em razão do apoio de Valdemar ao Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, na corrida presidencial de 2026, o que colocou Bolsonaro em posição defensiva. Em resposta, o ex-presidente começou a apontar falhas no partido, utilizando as denúncias da Procuradoria Geral da República (PGR) contra os dois deputados como justificativa.
Bolsonaro chegou a sugerir a expulsão de Pastor Gil e Josimar do PL, o que levanta questionamentos sobre sua memória em relação ao apoio recebido por ambos durante sua campanha de reeleição em 2022. Naquele período, mesmo com um Maranhão polarizado em favor de Luiz Inácio Lula da Silva, Pastor Gil mobilizou mais de 50 mil pessoas em atos em prol de Bolsonaro, que inclusive participou e agradeceu publicamente ao deputado. Este apoio incluiu momentos emblemáticos, como a oração feita por Bolsonaro ao lado de Pastor Gil em um dos eventos.
Por outro lado, a postura de Bolsonaro em solicitar a expulsão de colegas investigados por corrupção levanta críticas, especialmente considerando que seu filho, Flávio Bolsonaro, enfrenta investigações relacionadas a “rachadinhas”. Com isso, a expectativa é que Valdemar Costa Neto não tome medidas drásticas contra os deputados maranhenses, evitando que o PL sofra novas perdas, similar ao que ocorreu com os conflitos passados no PSL.