A matéria é de 2017, mas nunca se fez tão contemporânea na época dos Chefes do Executivo que se apegam tanto ao midiatismo que esquecem que passam por ridículos, às vezes.
Leitura dominical…
Em sua posse como prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) citou no início do mês um autor americano cujo livro de estreia, As 48 Leis do Poder (1998), vem sendo comparado a O Príncipe (1532), obra póstuma de Nicolau Maquiavel (1469-1527), clássico da ciência política.
Ao se dirigir a seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (PSDB), o tucano lembrou uma das “leis” de Robert Greene, mais especificamente a de número 28, que diz:
“Sejamos ousados, qualquer erro cometido com ousadia é facilmente corrigido com mais ousadia. Todos admiram os corajosos. Ninguém louva os covardes”.
Em entrevista por telefone à BBC Brasil, o escritor de best-sellers sobre estratégia, poder e sedução se disse “lisonjeado” pela citação. Mas lançou um alerta que, ressaltou, vale tanto para Doria como para o novo presidente dos EUA, Donald Trump, com quem vê semelhanças – um “gênio do marketing” que se elegeu com o discurso do outsider, do “não político”, do empresário.
“Não acho que pessoas assim vão ter muito sucesso porque a política é um ofício, uma profissão e envolve compromisso e anos de aprendizado sobre como construir alianças”, afirmou.