Foi divulgada nesta terça feira(01), a pesquisa do Emet Instituto, que afere as possibilidades dos pré-candidatos a vereador por São Luís conquistarem uma vaga no Legislativo da capital maranhense. Nesse levantamento, o presidente da Casa de Simão Estácio da Silveira aparece em oitavo lugar, o vereador Osmar Filho (PDT).
Um péssimo sinal para quem comanda a terceira mais antiga Câmara de Vereadores do País, montado num orçamento mensal de mais de R$ 8 milhões. Ruim sob todos os aspectos, ainda mas levando-se em consideração que nesta eleição não haverá coligação partidária e a briga pelas vagas acontecerá exatamente dentro das próprias siglas.
Osmar Filho chegou ao comando da Câmara Municipal por conta de uma série de fatores, incluindo aí a vontade do senador pedetista Weverton Rocha, que, na ânsia de montar uma estrutura para chegar ao governo do Estado em 2022, buscou ocupar todos os espaços possíveis, incluindo a direção da FAMEM, com o enrolado Erlânio Xavier, a prefeitura de São Luís e várias prefeituras pelo interior do Maranhão.
Feito isso, Weverton e sua tropa, muitos deles enrolados até o pescoço com a Justiça começaram a enfrentar os ventos fortes do fracasso. Osmar Filho, por exemplo, com sua sede de poder, colocou a mãe, a bacharel, em direito Maria Félix como pré-candidata a prefeita da cidade de Cajari. Ela até pode se dá bem, uma vez que os funcionários da Câmara estariam passando o dia contando as vans que chegam na porta do Legislativo de São Luís carregado de cajarienses para fazer sabe-se lá o que na agência do Bradesco.
“Se a Justiça realmente funcionasse, esse tipo de manobra já teria chegado ao fim e algumas pessoas estariam presas e respondendo a processos por abuso de poder econômico”, declara uma fonte ligada ao próprio gestor. Osmar Filho como presidente da Câmara se transformou num verdadeiro pavor para os funcionários, que realmente trabalham naquela repartição.
Perseguição ali é a palavra de ordem.
“Além de não termos qualquer tipo de aumento, ainda foram cortadas as gratificações deixadas pelo antecessor e uma diretoria esnobe que olha os servidores por cima do ombro. Há quem diga que os funcionários da Câmara Municipal contam os dias para acabar esse malfadado mandato presidencial, no sentido de que o clima de harmonia volte a ser respirado pelos seus corredores”, afirmou um servidor que, temendo represálias, pediu para não ser identificado.
Nos corredores da sede do Parlamento Municipal, a “rádio pião “ narra que muitos dos pequenos barnabés estão passando noites insones, uma vez que corre ali a informação de que tão logo termine a eleição, centenas deles serão colocados no olho da rua. Pessoas com mais de 30 anos de casa, cuja idade até mesmo impede que venham a conseguir uma vaga no mercado de trabalho.
A gestão de Osmar Filho está sendo notabilizada pelo signo da maldade e da perseguição. Até mesmo vereadores reclamam que ele não atende os telefonemas e quando chegam na casa dele, ele manda dizer que não está, embora haja sinais de sua permanência.
Um dos casos mais gritantes de perseguição de Osmar Filho para com os funcionários diz respeito à demissão, sem qualquer motivo, do ex-vereador Arimatéia Viegas. Aos 70 anos de idade, e já com idade de se aposentar, ele simplesmente foi desligado da folha de pagamento. Tentou falar com Osmar Filho e este jamais o recebeu.
São episódios como esse que demonstram o perfil de um político que só enxerga o próprio nariz, não tem nenhuma sensibilidade e que já está articulando sua reeleição presidencial, muito embora nem se saiba se conseguirá reeditar o mandato. A Câmara de São Luís, que tem peso na história política do País está sob o comando de um cidadão que só trabalha para ele e para a própria família.
SOMANDO FRACASSOS
Seu primeiro fracasso foi o fato de não conseguir viabilizar sua pré-candidatura a prefeito de São Luís. Como dorme muito, não consegue levantar cedo para os compromissos políticos. Na Câmara, todo mundo sabe que sua primeira campanha foi organizada pelo pai, o juiz de direito Osmar Gomes dos Santos.
Há relatos de que o mancebo roncava no quarto do palacete que a família tem no retorno do Araçagi, enquanto o pai recebia os eleitores na sala e definia os rumos da campanha. Perdeu a reeleição, ganhou um cargo de secretário na Prefeitura, conquistou o mandato na terceira vez e agora corre o risco de ficar pelo meio do caminho, por conta de sua soberba, de sua prepotência e de sua arrogância.
O saudoso Jackson Lago deve está se revirando no túmulo, por conta do destino tomado pelo PDT, partido que criou aqui no Maranhão, sob as bênção de Leonel Brizola, e que teve políticos da estirpe de um João Francisco, Reginaldo Teles, Neiva Moreira, Isaac Dias e outros grandes nomes que honraram a política partidária e que escreveram uma página na história do Maranhão.
Hoje, a sigla que nasceu com o programa de defender o trabalhismo é comandada por Weverton Rocha, cuja história pode ser escrita numa bem elaborada crônica policial, a partir de seu mandato como presidente da finada UMES e de um grupo que lhe segue os passos, como o Erlânio Xavier da FAMEM e outras figuras que muito bem poderiam está ostentando uma tornozeleira eletrônica. Taí o retrato do PDT maranhense e de suas principais personalidades…