Elias Auê
O deputado estadual Dr. Yglésio (PROS), em pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (11), questionou a atitude de muitas escolas que fizeram o retorno às aulas sem seguir os critérios estabelecidos pelo Governo do Estado.
Segundo o parlamentar, o governador Flávio Dino determinou em um decreto a continuidade da suspensão das aulas na rede pública, mas deu aval às instituições particulares de ensino para retornar às atividades presenciais, com a prerrogativa de que isso deveria acontecer em conformidade com os pais dos alunos.
“Algumas escolas não chegaram a cumprir o decreto do governo, que dizia que o retorno às aulas precisaria ser combinado com os pais, mas como a pressa de cobrar a mensalidade integral dos alunos é grande e, em muitos casos, os descontos retrativos sequer foram dados pelas escolas, isso foi feito à revelia dos pais”, disso o deputado.
Um caso recente em duas escolas particulares da capital chamou a atenção para o fato de que o retorno às aulas presenciais não está sendo feito de forma segura, o que levou o parlamentar a fazer mais questionamentos sobre essa situação em relação aos alunos.
“Essas escolas, por exemplo, fizeram um calendário de reinício de atividades e, agora, tiveram que novamente suspender as aulas presenciais. Até quando a gente vai ficar nesse estica e encolhe, reinicia e interrompe? Como vai ficar a cabeça dos nossos jovens nesse reinício incerto?”, questionou o deputado. “É preciso que cheguemos a uma solução”, concluiu Yglésio.
Para o parlamentar, o que precisa ser feito é exatamente o que foi solicitado pelo Ministério Público Estadual à Secretaria Estadual de Saúde: a criação de uma norma única para que as escolas sigam um caminho só, observando padrões sanitários para evitar o contágio da Covid-19.
“Eu acredito que seguindo normas sanitárias, respeitando questões como o distanciamento social, utilizando máscaras e uma série de outras medidas, os alunos poderão estudar em um ambiente seguro, sabendo que poderão sair de casa sem a preocupação da contaminação por coronavírus”, disse.