É preciso ser olhado com cuidado o que vem acontecendo no CRCMA. Analisando grupos WhatsApp, onde as pautas são de discussões referentes ao Conselho – como no caso em tela, um criado para discutir a redação das normas emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade – algo chamou a atenção do titular desta página. Nesta terça (21), como de costume, o grupo debateu uma norma contábil que está em audiência.
É digno de louros o movimento de se discutirem normas e o “gesto”, obviamente, merece aplausos por sua relevância. A seara política passou e, conforme uma máxima aprendida a duras penas pelo editor, diz: “Passadas as eleições, desarmam-se os palanques”. Os profissionais da Contabilidade tem, neste grupo, a possibilidade de opinar, além de uma das suas essências ser a TRANSPARÊNCIA. Afinal, as regras (normas) regem o mundo contábil…
Nas últimas duas rodadas ficou patente o desconforto do presidente do CRC com essas audiências. No dia 14 de abril, o presidente Sérgio entrou na reunião para dizer que audiência das normas é pura perda de tempo. Disse que esse era um assunto para ser atacado de forma global, no andar de cima e não nas bases. Anunciou que já tinha pensado em criar uma comissão para discutir as normas da contabilidade pública porque tem experiência superior a trinta anos na área e já participou de outros encontros que lhe deram a bagagem necessária para propor alguma coisa mais relevante. Enfim, desmereceu o trabalho do grupo e dos mais de 80 contadores que estavam on-line na audiência. Mensagem desse teor vinda do presidente aniquila qualquer iniciativa dos contadores.
Pasmem!
Ontem (21), feriado de Tiradentes, aconteceu mais uma das inúmeras audiências propostas pelo grupo com mais de 50 Contadores participando. A língua de um mosquito aparecia mais no grupo do que a de Xurica, que optou pelo método maquiavélico de ficar calado durante a reunião, assim como estavam calados quase todos os Contadores da área pública que batem continência para o codoense. No final, alguns profissionais manifestaram satisfação com a iniciativa da Câmara Técnica, que agora é comandada pelo ex-presidente João Conrado. A “sessão” teria sido um sucesso se ficasse nesse ponto. Porém, não foi isso que aconteceu. No turno vespertino, Xurica “Sérgio” se voltou contra um dos Contadores que elogiaram o evento, sugerindo que a audiência tem intenções políticas, chegando até lhe dar um partido político. Daí surgiu um bate-boca envolvendo outros contadores que se organizaram em torno da defesa das audiências.
O titular do Blog ainda procura entender o que se passa. Por que o presidente está enfezado com uma das câmaras que, mesmo no isolamento social, está trabalhando e mostrando bons resultados que podem ser aproveitados em benefício da sua própria gestão? Seria algo semelhante ao ciúme do Bolsonaro com o Mandetta? Não conseguimos respostas para essas questões, mas alguns contadores nos disseram que a discussão não parou aí. No grupo dos Conselheiros houve novos confrontos que ainda estamos apurando. Quem sabe não teremos novidades ao longo da semana?
Aguardem…