O município de Viana, na Região do Lagos, na Baixada Maranhense, parece que está pagando o pecado do capeta. Há anos o município não elege um prefeito responsável, preocupado com a população do município que já ultrapassou dos 50 mil habitantes. Parece que a cadeira da prefeitura está contaminada, infectada da bactéria que transmite preguiça, irresponsabilidade e falta de compromisso com o povo.
Às vésperas das eleições municipais, Viana não contabiliza uma única obra consistente feita pelo grupo político que comanda a Prefeitura Municipal. O prefeito Magrado Barros é alvo das mais diferentes manifestações de insatisfação por parte do povo vianense, nas redes sociais e mesmo nas ruas do município, onde já foi realizado até um protesto de jovens com cartazes e passeata, no início deste ano.
É visível o ambiente de revolta da população vianense com a falta de serviços e obras públicas na cidade. A imprensa da capital já repercute os problemas que a cidade de Viana enfrenta desde o início da gestão de Magrado. A crônica falta de água, problema que se arrasta desde o início da gestão, o péssimo estado de conservação das ruas na sede e das estradas vicinais da zona rural, que penalizam os moradores dos povoados, são alguns dos desafios que nunca foram solucionados pelo prefeito.
Na falta do que divulgar sobre ações, o portal da Prefeitura chegou a noticiar, em fevereiro, que o poder público estava “arborizando” a avenida Luís de Almeida Couto, justamente o local onde dois jovens motociclistas morreram após desviar de buracos que nunca foram consertados. É a descarada falta de respeito com os vianenses. Até os pacientes em Viana são transportados na rede por falta de estradas na zona rural.
O prefeito Magrado deve entrar para história de Viana como o gestor com a maior rejeição das últimas décadas. Preocupado com a reeleição, em 2020, e com o baixo índice de popularidade, o “macho velho” já planeja um pacote de obras para reconquistar a população. Só que do jeito que está, pode derramar até ouro na rua, que o povo não quer mais ele nem pintado.
Com a corda no pescoço, Magrado promete “trabalhar dobrado”. Mas, nas contas dos vianenses, com mais da metade do mandato já esgotado, significa que só vai começar a trabalhar com a proximidade da eleição em 2020. Resta saber se as obras eleitoreiras serão suficientes para apagar da memória do eleitorado vianense os anos de sufoco e de indignação, por parte de quem acreditou na promessa de mudança.
G7MA