Por Jefferson Calvet
Blog Bacabeira em Foco
Inconformados com a falta de proposta para o reajuste do piso salarial de 2015, os professores da rede municipal de ensino da cidade de Cachoeira Grande, localizada na região do Munim, por meio do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão – SINPROESEMMA, decidiram deflagrar greve geral nesta segunda-feira, 13. A assembleia, que deliberou pela decisão, ocorreu ontem e contou com a participação de dezenas de profissionais.
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Segundo o coordenador do núcleo do SINPROESEMMA na cidade, Cleomar da Silva, os educadores vão utilizar a greve para obrigar o prefeito Francivaldo Vasconcelos (PSD) a aplicar a recomposição de 13,01% ao vencimento da categoria para 20 horas semanais, cujo o valor é R$ 848.
Somado ao reajuste salarial, os educadores também pleiteiam a valorização da carreira docente, com o pagamento das gratificações de pós-graduação e curso de formação. Para Cleomar, os instrumentos, que deveriam ser usados como estimulantes da categoria a buscar o aperfeiçoamento profissional, vêm sendo ignoradas pelo gestor público.
Sem avanços
Segundo Raimundo Oliveira, diretor de Patrimônio e Administração do SINPROESEMMA, que visitou o município na última quarta-feira para se solidarizar com os educadores, a gestão municipal permanece irredutível com a pauta de reivindicação da categoria. “O objetivo do sindicato é dialogar, mas o prefeito não demostra interesse em resolver os problemas da rede”, avaliou.
Falta de estrutura
Além do reajuste salarial, os educadores do município vão aproveitar para denunciar a falta de estrutura na rede municipal de educação. Cachoeira Grande foi alvo de visita da direção estadual do SINPROESEMMA em maio de 2012. Na ocasião, o presidente do Sindicato, Julio Pinheiro, identificou escolas em situação de abandono, com banheiros insalubres e salas de aula funcionando em espaços alugados.
Três anos após as denúncias do Sindicato, segundo Cleomar da Silva, nada foi feito para mudar a realidade educacional do município, e os professores e alunos continuam correndo perigo.