Em discurso feito no tempo dos blocos parlamentares na Sessão Ordinária desta terça-feira (7), o deputado Wellington do Curso (PPS) levou à Assembleia grave denúncia contra o Sistema Municipal de Saúde.
Ao denunciar que no Sistema de Saúde Municipal as pessoas precisam ter “conhecidos” para serem atendidas nos hospitais, Wellington traçou um paralelo ente a saúde da propaganda e a saúde real do dia-a-dia do cidadão e destacou suas visitas, nesta terça, aos hospitais Djalma Marques (Socorrão I) e Clementino Moura (Socorrão II).
“Aqui em São Luís, vemos que existem duas saúdes: a saúde da propaganda enganosa e a saúde da realidade. Existem dois Socorrões II: um que não tem maca nos corredores (segundo propagandas da Prefeitura) e o que tenho nas fotos para disponibilizar à imprensa e demais parlamentares, que é um Socorrão II ‘maquiado’. Por que maquiado? As macas estão nos corredores separadas por divisórias. E, para completar, encontrei hoje, numa visita ‘in loco’, uma senhora de mais de 70 anos sendo atendida no corredor do referido hospital e o mais absurdo: seu filho segurando o soro com a mão acima da cabeça porque não tinha o ferro para poder colocar o soro”, relatou Wellington.
O parlamentar destacou, ainda, o plano de governo do atual prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PTC), elaborado durante a campanha eleitoral, ressaltando o item cinco, que afirmava ser a saúde “um dos principais motivos de insatisfação dos ludovicences”, e defendia a construção de um moderno Hospital da Criança, além da implementação de quatro novos CAPS e a garantia da melhoria do atendimento da rede de saúde pública e, reafirmou, também, o seu compromisso em representar o povo no Legislativo Estadual.
“Minha indignação é de um cidadão que testemunhou uma cena aviltante à dignidade humana. Uma cena que se desenvolve bem perto de nós, banalizada pelo tempo e pela frequência da qual ninguém reclama porque já se incorporou à rotina. Quem são os responsáveis por aquilo? E eu digo a todos os senhores: os responsáveis por aquilo são o governo do Estado do Maranhão, a Prefeitura de São Luís e nós enquanto parlamentares e fiscalizadores do Executivo. Não fugirei da minha responsabilidade”, finalizou o vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia.