Na manhã desta quarta-feira (11), a Secretaria Municipal de Infraestrutura de Imperatriz foi alvo de uma operação coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA). A operação, denominada “Timoneiro”, visa cumprir 25 mandados de busca e apreensão com o objetivo de investigar suspeitas de irregularidades e crimes na administração da Secretaria.
A ação, que conta com o apoio das Polícias Civil e Militar do Maranhão e do Gaeco do MP do Estado do Tocantins, é uma resposta a um pedido formulado pelo Gaeco em colaboração com a 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Imperatriz. As investigações preliminares identificaram indícios de crimes como fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa dentro da Secretaria.
O esquema investigado teria começado com a contratação de uma empresa para fornecer serviços terceirizados de mão-de-obra com dedicação exclusiva à Secretaria. A investigação revelou que a contratação foi inicialmente feita por dispensa de licitação e posteriormente em um processo licitatório coberto por outras empresas. A empresa contratada, que antes atuava como imobiliária e tinha sede em Pernambuco, recebeu mais de R$ 30 milhões dos cofres públicos de Imperatriz, com o valor do contrato vigente atualmente superior a R$ 11 milhões.
Além das buscas e apreensões, a decisão judicial determina o afastamento cautelar de servidores públicos envolvidos e proíbe novas contratações com as empresas investigadas. Três pessoas foram presas preventivamente como parte da operação. No total, participaram da operação 56 policiais militares, 26 policiais da Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência do MPMA (CAEI) e 34 policiais civis. O nome “Timoneiro” reflete o papel crucial do direcionamento inicial das condutas criminosas, simbolizando aquele que conduz o leme e direciona o caminho da fraude.