Texto: Mirlene Bezerra
“É de causar preocupação o que aconteceu ontem na U.E.B. Maria Rocha, no bairro da Areinha: um incêndio em uma escola. E eu pensando com os meus botões, fiquei imaginando a tragédia que seria, se o telhado da escola cai durante o incêndio, com àquelas crianças no seu interior”, disse o vereador Sá Marques (PSB), na sessão ordinária desta terça-feira (16), na Câmara Municipal de São Luís.
O vereador alertou ao prefeito Eduardo Braide (PSD) e à Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos (Semosp) para ficarem mais atentos às fiações utilizadas nas obras de construção e restauração das unidades de ensino da rede municipal, particularmente na instalação de aparelhos de ar-condicionado. “Nessas escolas os forros são todos de PVC e, portanto, um material altamente inflamável. Um curto-circuito com esses forros é um prenúncio de uma tragédia sem precedentes em nossa cidade”, observou, acrescentando que se faz necessário uma fiscalização mais rígida.
Sá Marques sugeriu também aos vereadores que fiquem atentos quando da entrega de obras realizadas nas escolas, para que, por iniciativa própria, levem um eletricista especializado para verificar se a fiação está dentro do padrão recomendado.
O parlamentar ainda deu o exemplo da Escola Duque de Caxias, no bairro do João Paulo, onde os galhos se emaranharam na fiação de iluminação pública, com o risco iminente de um grave acidente envolvendo crianças e adolescentes.
“Há mais ou menos um mês estou pedindo a poda de uma árvore, porque se um galho cai sobre um fio daqueles será uma descarga de 13.800 Volts. E detalhe: o que circunda o pátio da escola é uma grade de ferro”, pontuou.
Precatórios
Outra situação levantada pelo vereador foi a questão dos precatórios dos professores.
“O Sindicato dos Professores da Rede Estadual entrou com uma ação sendo ilegítimo na parte, porque essa ação é de Fazenda Pública para Fazenda Pública”, disse.
Sá Marques explicou que o ex-prefeito Tadeu Palácio ingressou na Justiça reivindicando os 40% para o Poder Executivo e 60% para os educadores. E que, da mesma forma, fez o Governo do Estado.
“Então é a Fazenda do Município e a Fazenda do Estado versus Fazenda da União. Aquilo ali não tem nada a ver com precatório para advogados, que não têm direito de pleitear na Justiça o que é devido aos educadores”, afirmou. “O dinheiro é dos trabalhadores da educação, dos pensionistas e de seus herdeiros e, ninguém tem o direito de pegar um real desses 60%”, concluiu o parlamentar, dizendo que vai solicitar uma audiência pública para tratar sobre o tema.