A ex-prefeita (2008/2012) Francisca Silvana Alves Malheiros, a Silvana, decidiu dar a cara a tapa e lançou nota, onde se lança à prefeitura 8 anos após deixar o posto. Há, na verdade, um conflito de informações. A desinformação, em tempos de STF atuante contra fake news, será objeto de ações no judiciário.
Segundo o nome de Dr. Hilton Gonçalo em Morros, há um clima de perseguição e medo, dando a entender que hoje é o único nome a “bater de frente” com o atual gestor Milton Santos, o Paraíba (PL).
Usando do espólio político deixado pelo seu falecido marido, usando um texto em caixa alta, Silvana diz que lutará até o fim pelo “seu povo”.
Leia na íntegra, Ipsis litteris:
PERSEGUIÇÃO E MEDO.
AMIGOS morruenses,
Quando deixei o cargo de prefeita de Morros, em 31 de dezembro de 2016, fiz com firmeza do dever cumprido após 08 anos de dedicação a missão que busquei. É fato público e amplamente divulgado que não tinha qualquer intenção de voltar algum dia a ocupar tal cargo novamente. Entendia que tanto eu quanto meu marido CLÓVIS BACELLAR, que morreu no exercício do seu segundo mandato em 2003, já havíamos dado a nossa contribuição.
Quatro anos depois de ter deixado o cargo foram muitos os apelos para que voltasse a disputar a eleição novamente, uma vez que o meu sucessor não fizera o governo que muitos esperavam.
Fiel à minha decisão e certa que já havíamos dado a nossa contribuição, não aceitei e assim grande parte das pessoas que seguiam conosco foram apoiar o atual prefeito que derrotou o meu sucessor.
Oito anos depois os apelos se renovaram. Percorrendo as comunidades, sobretudo, as rurais percebemos o quanto o nosso povo se encontra abandonado e desassistido. As conquistas e avanços que tivemos na gestão de CLÓVIS e nos oito anos da minha gestão foram aos poucos se perdendo ou abandonadas.
Há mais de dez anos sonhávamos com uma educação integral para as nossas crianças – e por isso fizemos os polos da zona rural e deixamos comprado o terreno para o polo da sede –, não deram seguimento, pelo contrário, as nossas crianças estão sem rotina de estudos e muitas o ano letivo começa com atraso e sem a qualidade esperada.
Igual abandono se deu com as Unidades de Saúde, muitas das quais deixamos no ponto de inaugurar ou faltando bem pouca coisa para isso e com pleno equilíbrio físico/financeiro, também não deram seguimento, abandonaram enquanto o povo padece com a desassistência.
As estradas, pontes e tudo mais que deixamos pronto, planejado ou em fase de conclusão não tiveram seguimento.
Por onde passamos o sentimento é de desesperança e de medo.
Por onde passamos ressurgem os apelos são para disputarmos novamente as eleições e voltemos a comandar o município.
Ao aceitarmos esse desafio, que repito, não era nossa intenção, começamos a sofrer toda sorte de perseguições, injúrias e difamações – as entregamos a Deus.
Por derradeiro, alegam que tivemos contas de 2009 e 2010 com parecer do TCE uma pela aprovação e outra pela desaprovação e que a Câmara Municipal irá rejeitar as contas tornando-me inelegível.
Não podemos mandar nos atos dos outros, apenas nos nossos. E temos plena consciência que nada fizemos de errado nos oito anos em que estivemos à frente do comando do município.
A população de Morros toda a testemunha disso. No dia seguinte ao mandato de prefeita passamos a viver da nossa pensão de viúva.
Não fiquei rica no cargo de prefeita.
Nenhum julgamento que façam em qualquer tribunal poderá mudar essa realidade.
As contas que dizem irão impedir nossa candidatura foram encaminhadas à Câmara Municipal de Morros e ao Tribunal de Contas do Estado – TCE/MA no inicio dos anos de 2010 e 2011, estavam “dormindo” há mais de uma década sem que ninguém se interessasse para julgar ou para cobrar o seu julgamento.
Apenas agora, quando decidi atender aos apelos para ser candidata todos resolveram se preocupar com essas contas não julgadas – os ataques aumentam na medida que o povo toma conhecimento da minha candidatura.
Muito embora meus advogados sustentem que essas contas estão prescritas e que a Câmara Municipal deveria reconhecer esse fato ou devolvê-las para que o TCE se manifeste sobre isso, conforme já foi pedido, não podemos impedir que nos persigam.
A perseguição e o medo caminham juntos daqueles que, sem compromissos, tentam impedir nossa caminhada e negar a esperança ao nosso povo.
Nada tememos. Nada devemos.
Pois Deus é por nós.
E SOU CANDIDATA E LUTAREI SEMPRE PELO MEU POVO
Silvana Malheiros