Pesquisa realizada pela HeroSpark aponta que 3 em cada 5 jovens brasileiros querem ser empreendedores e cerca de 24% dos jovens das classes A, B e C já têm negócio próprio. Isso demonstra um novo movimento de mercado, trazendo uma nova roupagem ao perfil do empreendedor.
Esse cenário é refletido na história de vida de Aline Fischmann, hoje com 29 anos, natural de Erechim/RS. A gaúcha se mudou aos dez anos para a capital catarinense e, após finalizar sua formação em Publicidade e Propaganda na PUC, em Porto Alegre, retornou para Florianópolis. Com uma pós-graduação em marketing, sempre gostou da área comercial e, após trabalhar em uma marca nacional de vestuário, percebeu que era a hora de empreender em sua marca própria de slow fashion.
“A ideia de empreender começou quando abri uma marca de roupas, que já possui seis anos, com proposta sustentável de moda consciente. Sempre foquei em um empreendedorismo mais consciente, também trabalhava em um ONG ligada à sustentabilidade e resolvi juntar a vontade de empreender com o conhecimento do vestuário e o impacto socioambiental”.
O gatilho da necessidade
Há três anos, mesmo trabalhando para sua marca de roupas, soube que o shopping do coworking onde atuava precisava de um salão de beleza. Após vender o carro, fez as contas: o planejamento indicava que era hora de seguir mais um sonho e abrir o segundo negócio.
O Meu Salão foi inaugurado em fevereiro de 2020, um mês antes do fechamento das atividades não essenciais na pandemia de Covid-19. Com auxílio da nova sócia, Carol Frozza, que já trabalhava com impacto socioambiental, o empreendimento localizado no Multi Open Shopping, no Rio Tavares, se tornou o primeiro salão de beleza com certificação Empresa B do Brasil. O B faz referência a uma série de benefícios, e assim como a certificação de ISO, por exemplo, que reconhece padronização de processos, o Sistema B é uma certificação de processos e práticas de impacto socioambiental nas empresas.