Num jantar de quase quatro horas na casa do ex-presidente do Senado Eunício Oliveira (MDB-CE), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi cobrado sobre as declarações que deu nos últimos dias. O petista defendeu o direito de mulheres fazerem aborto, incentivou protestos contra congressistas e disse que, se eleito presidente, retiraria militares de cargos comissionados no governo.
A CNN ouviu cinco participantes do encontro e, segundo relatos, as primeiras críticas partiram do senador Omar Aziz (PSD-AM) e foram seguidas pelo colega Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). Eles apelaram para Lula “maneirar nas discussões sobre a pauta de costumes”. Ambos disseram que, se seguir nesta seara, o petista acabará dando, automaticamente, “palanque” ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados.
Lula, de acordo com os convidados, ouviu as cobranças dos senadores e disse que vai falar sobre o que o povo está interessado —inflação, desemprego, aumento de combustíveis—, mas afirmou que “não é homem de fugir de debate”. O petista, segundo os relatos, afirmou que se o presidente quiser debater religião, ele vai “mostrar que é mais cristão que o Bolsonaro”. “Fui coroinha”, brincou Lula, de acordo com senadores ouvidos pela CNN.
Fonte: CNN