Apesar de toda movimentação nos bastidores da sucessão estadual, que inclui realização de pesquisas, assédio a prefeitos e lideranças políticas, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), provável pré-candidato à sua própria reeleição pois estará no comando do estado a partir de abril de 2022, transpira tranquilidade e vem dando mostras de que sua única preocupação no momento é ajudar o governador Flávio Dino (PCdoB) a desenvolver com excelência sua administração.
Discreto, leal e focado nas missões a que lhe são atribuídas pelo governador, Brandão não deu a menor importância ao resultado da última pesquisa que o colocou em quinto lugar numa corrida que ainda não começou e apresentou em primeiro a ex-governadora Roseana Sarney (MDB), que nem seus poucos aliados acreditam que tenha disposição de voltar a concorrer a cargo majoritário depois de ter sido derrotada em primeiro turno em 2018.
O silêncio do Brandão é justificado. O Maranhão vive momentos difíceis por conta da pandemia, todos os esforços tem sido dirigidos para o enfrentamento do vírus que já matou mais de 300 mil pessoas no país e continua fazendo vítimas no estado, por isso nada mais humano de que voltar sua atenção para o problema e ajudar o governador a criar condições para proteger a população, principalmente nesta fase mais aguda da crise sanitária, agravada pela negligência do governo federal.
Político experiente, Carlos Brandão sabe que não é hora de falar em eleição, muito menos de sucessão, até porque o governador, liderança maior do grupo já anunciou que só pretende tratar desse assunto a partir de outubro ou novembro, portanto, antecipar essa discussão, seria até um desserviço ao estado e principalmente ao governo pois tiraria o foco da gestão.
Fonte: Jorge Vieira