Ao cumprir agenda hoje no Maranhão, Jair Bolsonaro (sem partido) aproveitou para alfinetar um de seus rivais no atual cenário político, o governador Flávio Dino (PCdoB). O presidente afirmou que o estado da região Nordeste vive um “regime ditatorial”, mas sem apresentar qualquer argumento concreto que fundamentasse as suas declarações. Tecnicamente, nenhum ente da federação tem hoje um modelo político antidemocrático.
Político há mais de 30 anos, Bolsonaro tem como uma de suas bandeiras a oposição ideológica ao comunismo e à esquerda em geral. Ele chegou à Presidência da República com esse discurso e, naturalmente, vê Dino como um adversário —o governador é filiado ao Partido Comunista do Brasil e foi reeleito em 2018 no primeiro turno, com 59,29% dos votos.
olsonaro declarou ainda que, “em um curto espaço de tempo”, ele “mandará o comunismo embora” com o apoio da população.
“E, se Deus quiser, brevemente estaremos para comemorar a erradicação do comunismo no nosso Brasil”, discursou ele durante visita ao “Panelódromo”, uma espécie de praça de alimentação pública localizada no município de Imperatriz.
“Essa nossa bandeira sagrada jamais será turvada de vermelho. Esse estado rico, promissor e com um povo maravilhoso ocupará lugar de destaque no Brasil”, disse o presidente, mais uma vez sem mencionar o nome do desafeto.
“Amigos do Maranhão e meus irmãos de Imperatriz. Podem ter certeza, eu vim também, obviamente, por graças de Deus e pelas mãos de muitos de vocês. E nós vamos, em um curto espaço de tempo, mandar embora o comunismo do Brasil”, afirmou. “Não aceitamos esse regime ditatorial, onde o povo não tem vez.”
Fonte: UOL