Além de provocar grande crise, comentário do pré-candidato do DEM,cria um constrangimento para o PDT, partido que comanda a capital há quase três décadas
Irritado em razão do prefeito Edivaldo Jr. (PDT), não ter anunciado adesão ao seu projeto sucessório, o pré-candidato a prefeito de São Luís, deputado Neto Evangelista (DEM), decidiu abrir suas baterias contra o chefe do Executivo Municipal. E nesta sexta-feira (28), escolheu o seu primeiro alvo: a Educação, que ao longo dos anos vem sendo comandada por Moacir Feitosa.
Por meio de seus perfis nas redes sociais, Neto Evangelista publicou o seguinte comentário:
“Nossa avaliação da Prova Brasil está 10 anos atrasada em relação ao país inteiro, e é também por isso que a educação é uma das prioridades do nosso plano de governo. Vamos focar no tripê: qualidade da aprendizagem, infraestrutura e capacitação de professores para avançar nesse e em outros indicadores que colocam São Luís sempre nas últimas posições no ranking nacional. #NetoEvangelista #SãoLuís”, diz o texto.
O veneno foi inoculado e a crise lançada. Imediatamente o prefeito reuniu seu Conselho Político para avaliar a gravidade das declarações públicas de Neto Evangelista. No entendimento dos auxiliares do chefe do executivo, a agressão foi gratuita e inaceitável e, pelo que falaram alguns dos participantes do grupo, o prefeito Edivaldo que estava neutro na disputa, agora mesmo é que não irá declarar apoio ao deputado.
Evangelista esperava o anúncio do apoio do prefeito porque ele está bem avaliado pela população da cidade, por conta das obras que estão sendo inauguradas e executadas. Já mandou emissários e até já telefonou, mas Edivaldo, como todos sabem, nunca se manifesta de forma açodada sobre quem apoia ou não em eleições.
Por conta disso, Neto Evangelista, que é indicação do senador Weverton Rocha (PDT), decidiu apelar para a baixaria, para agressão, para um ataque gratuito. Se queria a aproximação, recebeu o afastamento. Pelo menos é o que se falava ontem pelos corredores da Prefeitura de São Luís.
A crise se estende inclusive ao Palácio dos Leões, uma vez que o governador Flávio Dino foi quem apoiou a eleição e reeleição de Edivaldo Jr. Embora Neto Evangelista e Weverton Rocha sejam do grupo governista, o parlamentar criou uma situação delicada, deixando até o governador irritado pelo desdobramento de uma crise que não se sabe como vai terminar.
O problema é que além de provocar crise interna, o comentário do pré-candidato do DEM,cria um constrangimento para o PDT, partido que integra seu arco de aliança e que comanda a capital há quase três décadas, mas esse é um assunto para as próximas matérias.