Tem sido casa vez mais notória a utilização do PROCON do Maranhão para alavancar pré-candidaturas de alguns deputados estaduais do Maranhão à prefeitura municipal de São Luís. Órgão que já foi usado para garantir a vaga do Dep. Duarte Jr. na assembleia legislativa do estado, agora vem sendo usado tanto por Duarte Jr., como pelo Dep. Dr. Yglésio em demandas oriundas dos pais das escolas da rede privada de ensino de São Luís.
No início do ano foi com a questão do ENSINO BILÍNGUE, onde, segundo os pais e os parlamentares, as escolas vinham praticando preços abusivos em relação a este serviço. Como “urubu encima de carniça”, Duarte e Yglésio logo trataram de entrar na briga, o objetivo era um só: ganhar projeção política com a situação. Usaram de suas influências como parlamentares para que o PROCON tomasse algumas medidas em apoio aos pais. Em alguns casos, o desenrolar dessa situação ocasionou em grave prejuízo financeiro às instituições.
E o oportunismo político não parou por aí. Com a declaração da pandemia ocasionada pelo novo coronavírus, e devido aos decretos do governo do estado, que suspenderam as aulas presenciais no Maranhão, os parlamentares voltaram a se aproveitar e, junto com os pais e alguns órgãos estaduais, pressionaram as escolas a reduzirem suas mensalidades com descontos que superam a real redução dos custos operacionais das escolas.
Mais um baque financeiro causado as empresas, com o apoio determinante dos parlamentares, que em momento algum, elaboraram alguma proposta junto ao governo do estado em apoio as empresas prejudicadas com a pandemia. O resultado não podia ser outro. Sem receita suficiente, as escolas começaram a demitir profissionais de diversos seguimentos, serviços gerais, estagiários, professores e secretárias estão entre os mais prejudicados. O Sindicado dos Estabelecimentos de Ensino no Estado do Maranhão (SINEPE) ainda não emitiu nenhum dado sobre a quantidade de profissionais demitidos, mas certamente esse número já supera algumas centenas de empregados por todo o estado.
Talvez os jovens e inexperientes parlamentares não pudessem imaginar que seus atos poderiam trazer graves problemas a trabalhadores que agora encontram-se sem emprego.