O Absolutismo, segundo nos ensinam os livros de história, teve seu apogeu com Luís XIV, o Rei Sol francês, em torno do qual gravitavam todos os demais poderes. Sua frase mais famosa, L’étate c’est moi (o estado sou eu), traduzia bem como ele entendia a monarquia e seu poder absoluto sobre todos os demais poderes. Como não poderia deixar de ser, o Absolutismo acabou com a Revolução Francesa, quando cabeças rolaram literalmente e o povo retomou as rédeas do poder.
Apesar do exemplo e do risco da guilhotina, parece que alguns gestores não compreenderam ainda que o poder é algo a ser compartilhado. Um exemplo marcante pode ser visto neste exato momento no Conselho Regional de Contabilidade (CRCMA). Lá, o grupo que venceu a eleição de 1/3 e, por força das circunstâncias e de promessas impossíveis, conseguiu se fortalecer a ponto de eleger o presidente, o Absolutista “Sérgio Xurica”. Sérgio e sua trinca de fiéis escudeiros formam uma espécie de cavaleiros do apocalipse, agindo em descompasso com o regimento da instituição e esquecendo que o colegiado que decide os destinos do CRC é composto por doze conselheiros e não apenas quatro.
Eles bem poderiam parodiar Luís XIV e dizer em alto e bom som: Le CRC c’est nous (o CRC somos nós), porque é exatamente isso que está se verificando. Para exemplificar, vamos dar exemplos. Sérgio precisou viajar e quem deveria assumir a presidência era o Vice-Presidente de Administração, Ronaldo Ewerton, mas Sérgio não assinou portaria nesse sentido, deixando o CRCMA informalmente sob direção do jovem Filipe Arnon, o terceiro na linha de sucessão. Filipe, como se sabe, é uma espécie de Richelieu, o cardeal francês especializado em enganações, e urde planos e projetos para utilizar o Conselho como trampolim para as suas aventuras políticas. Seus sonhos mirabolantes andam tomando fermento a ponto de evoluir de uma improvável eleição para vereador para a agora faraônica missão impossível de ser prefeito de São Luís.
Sintomas de que está se empanturrando com o poder?
No afã de atingir seus objetivos, o grupo do Sérgio está preparando reformas no plano de cargos e salários do CRC, planejando contratar assessorias e encher o Conselho de pessoas que, na melhor das hipóteses, irão onerar as finanças até agora sob controle. Têm em mente, ainda, enfrentar o TCE para cumprir um compromisso particular do Xurica com seu grupo de contadores públicos que querem a todo custo detonar o programa de auditoria daquele órgão de controle externo.
Diariamente o jovem Filipe Arnon, cardeal emplumado do CRCMA, presta contas do expediente do dia, mostrando trabalho. Diz ter realizado um curso “gratuito e relevante”, mas esqueceu de informar que o tal curso já estava contratado pela gestão anterior. Diz que vai “reconstruir o CRC que queremos”, como se o CRC que aí está não é o que quer a ampla maioria que votou nos membros da gestão anterior. Além disso, só se reconstrói o que está destruído e ao que se sabe, o CRC atual está melhor que aquele recebido há dois anos, com a sede se esfarelando.
Fica o aviso deste blog, sempre atento aos desmandos no CRC.