O governo Bolsonaro, que chega aos 100 dias, têm tido dificuldade em vários segmentos, principalmente na questão de ter um projeto de governo para o país. Há muita dificuldade no ponto de vista de não terem elaborado esse projeto de uma forma “macro”. O governo coloca, desde o começo do ano, algumas pautas mais morais do que propriamente de interesse Nacional. Como exemplo, temos a questão econômica e a questão do emprego que a cada dia aumenta.
É necessário que o governo comece a estabelecer qual é a sua estratégia para superar essas crises O governo Bolsonaro tem tido uma grande dificuldade na interlocução com o parlamento. Inicialmente começou com uma estratégia de buscar os blocos parlamentares de interesse, como: os evangélicos, do agronegócio, o “pessoal do boi”, “turma do BBB” e a “turma do centrão”.
Essa estratégia não deu certo. O governo percebeu agora, nesse mês de março, que essa estratégia não consolida os agrupamentos dos partidos políticos, sendo uma estratégia muito frágil o governo “sentiu na pele” essa fragilidade quando teve que mandar alguns representantes do governo para justificar a questão da Reforma da Previdência, que é uma das principais pautas, a questão do pacote anti-crime pelo Moro e os dois tiveram dificuldade de chegar no Congresso para fazer o diálogo e apresentar o projeto que o governo tem interesse.
O que fica claro é que há uma falta de articulação, de entendimento da política e o governo tenta superar isso com alguns movimentos. O último movimento que ele tem feito agora, no começo do mês de abril, foi buscar discutir com as direções partidárias – e aí ele “enterra” de vez aquele negócio das bancadas e segmento de bloco de interesse. É muito mais um lobby do que propriamente uma estratégia – e começa a conversar com os partidos efetivamente. O PSDB teve conversando, o DEM entre outros partidos que estiveram conversando com Bolsonaro nos últimos dias.
Isso sinaliza, para o Congresso Nacional, que o governo precisa mudar o seu foco ou vai ter dificuldade em aprovar esse pacote de medidas da reforma da previdência quanto do pacote de medidas contra o crime. Isso naturalmente provoca o desgaste do governo, que cai “sensivelmente” na aceitação popular, mesmo com os movimentos do Presidente nas redes sociais.. Bolsonaro não está conseguindo reverter esse movimento, uma vez que tem dificuldade de uma dialética mais política, tanto pra el como para os filhos também.
Todo esse conjunto de medidas desgastou bastante governo e o saldo final é que, com 100 dias de governo, o mesmo não conseguiu avançar em nada daquilo que é importante para o país. Avançou em pautas de interesses – políticos – e ideológicos, do seu próprio grupo.
As viagens que fez para Estados unidos para o Chile e pra Israel busca só um “afinamento” ideológico com a “extrema-direita”. Esse movimento é ruim, pois trava os grandes blocos econômicos. Os chineses tem uma demanda gigante no país que chega quase 40 bilhões. Os países árabes que chegam a 17, 18 bi no agronegócio.
Alguns segmentos que apoiavam o governo começam a ter dificuldade e se veem obrigados a tecer críticas ao governo, o que é ruim para para a democracia brasileira.
CONGRESSO
Em relação aos parlamentares do Maranhão, ainda existe muita dificuldade dele de emplacar os nomes sugeridos. Existe uma lista de nomes de parlamentares do Maranhão colocada para o comando do governo Bolsonaro, mas existe restrição nesse sentido, até porque os deputados do Maranhão ainda não conseguiram firmar essa “unidade”.
Em relação com o governo Flávio Dino – que é uma situação dúbia, pois, alguns desses parlamentares que apoiam o governo Bolsonaro apoiam, ao meso tempo, o governo Flávio Dino. Então vai ter muita dificuldade eles implementaram as indicações mesmo no estado com governo que se diz extrema-direita e um governo comunista como do Flávio Dino então eles vão ter que fazer uma opção: ou segue Bolsonaro, ou segue Flávio Dino.
Nesse aspecto, o Senador Roberto Rocha segue fortalecido, primeiro porque um dos coordenadores da candidatura bem sucedida do Davi Alcolumbre e criou uma boa interlocução com governo do Bolsonaro. O próprio Presidente, durante visita aos Estados unidos – quando registrou o acordo com a base de Alcântara – foi a única pessoas citada sobre a ajuda que ele fez para chegar ali.
DINO X BOLSONARO
Há uma certa movimentação do governador Flávio Dino para se legitimar como um candidato a presidente, mas não tem repercutido – nos corredores de Brasília – as críticas que ele tem feito ao presidente Bolsonaro. Não se sabe se como uma estratégia do governo de não dá voz a ele – Dino -, mas também de uma certa incapacidade do governo – Bolsonaro – de monitorar a essas frentes mais estratégicas de ataque ao governo.