Faltando pouco mais de 6 meses para as eleições, eis que Flávio Dino ressurge da noite para dia com obras sendo iniciadas por todos os lados. Estas ações, conhecidas como obras eleitoreiras, tem como finalidade bem clara: apostar na falta de memória do povo, criar expectativas, proporcionar uma falsa sensação de que as coisas vão melhorar, etc…
Para quem prometeu muito, o que está sendo feito em Paço do Lumiar de uma bela esmola. Falo como morador do município e telespectador das inúmeras promessas de Dutra para Paço. Em muitos casos são obras que estavam “na folha”, desde a gestão Roseana/Luís Fernando. Observa-se nestes meses que antecedem as eleições, ruas com trechos interditados, praças fechadas, construção de creches, complexo esportivo, enfim. Alguns municípios viram verdadeiros “canteiros de obras” nesta época. Fazer obras na antevéspera da eleição, além de tapeação, é engodo.
Em recente entrevista concedida a imprensa nacional, o professor do Departamento de Gestão Pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antonio Teixeira, avaliou que a prática de concentrar inaugurações de obras em anos eleitorais é recorrente no país e ruim para a gestão pública. Uma pesquisa divulgada pelo IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada) com base em dados de 1995 a 2011, revela que o investimento público de prefeituras, governos estaduais e federal, sempre aumenta em ano de eleição.
Em contrapartida, quando não há disputa por cargos, há contenção de despesas. Este tipo de ação segundo o IPEA é comum entre os governantes que deixa seu pacote de investimentos para o ano eleitoral, exatamente para aumentar a sua popularidade para ter condições de se reeleger ou de fazer o seu próprio sucessor. Para tanto digo que, a ferramenta mais importante para evitar amargos dias de arrependimentos ainda é o título de eleitor.
Votar conscientemente é muito importante, sem nunca aceitar presentinhos interesseiros para digitar o número do candidato na urna eletrônica e depois apertar o “confirma”. Voto não tem preço. Tem consequência. E a principal consequência é sempre a mesma: quatro anos de atraso, de falta de perspectivas sócio-econômicas, e podem significar ainda, duros dias para a saúde pública, educação, meio ambiente, cultura e o social.