O número crescente de casos de febre chikungunya em Caxias, a 360 km de São Luís, tem preocupado a população e as autoridades de saúde do município. Em entrevista à TV Mirante, o prefeito da cidade, Leonardo Coutinho, admitiu que Caxias está enfrentando uma grave epidemia e que estuda decretar estado de emergência.
Um fato assustador foi visto no CEAMI, uma unidade de saúde transformada em um posto para atender pessoas suspeitas de contaminação pelo Aedes aegypti no município. Em apenas oito dias, 1000 pessoas que reclamavam dos sintomas foram atendidas. O município também estuda três mortes que podem ter sido causadas pela febre.
A coordenadora de Vigilância em Saúde, Aurilívia Barros, disse que tais mortes são suspeitas e que a motivação ainda não foi confirmada. “O setor responsável por isso está investigando. Até o momento não temos nenhuma confirmação. A gente entende que essa não é uma doença que evolui naturalmente para o óbito. O óbito decorre de algumas doenças prevalentes, que a pessoa já tinha e também de agravamento, que vem de não buscar o tratamento e da automedicação”, informou.
A dona de casa Neide Farias acredita que já contraiu a virose duas vezes em menos de 15 dias. “Quando veio a primeira vez, começou com febre, dores no corpo inteiro, joelho, mãos. Com três, quatro dias depois, veio a fraqueza. Tudo que eu comia vomitava. Eu também tive diarreia”, reclamou.