Investigações da Polícia Civil do Maranhão apontam que assassinato de Ruy Marcos Alves Rodrigues na madrugada deste domingo (13) na casa de shows “Patrimônio”, na Praia Grande, em São Luís, pode ter relação com outros homicídios.
Segundo a Polícia, um deles teria acontecido no sábado (12) no bairro da Camboa. A vítima, Marques Aurélio Alves Rodrigues, teria saído da penitenciária de Pedrinhas com o indulto do Dia dos Pais e não retornou.
“Temos algumas informações já checadas pelo disque-denúncia e também corroboradas pelos depoimentos de testemunhas que já foram tomados. Espero que no dia hoje [segunda-feira, 14] a gente consiga definir bem melhor a nossa linha de investigação”, disse o delegado Marco Antônio Fonseca da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
O delegado disse ainda que apesar de Ruy ter ficha limpa na polícia o crime pode ter sido motivado por uma guerra entre facções criminosas. “As investigações estão convergindo para este lado, que tenha ligação entre os crimes, uma guerra de facções que existe ali”, explicou Marco Antônio. No ano passado, o irmão de Ruy, identificado como Francisco, também foi assassinado. “O irmão também foi vítima no ano passado. Esse crime do Francisco tem relação com outro homicídio”, finalizou o delegado.
Nota
A Secretaria de Estado de Segurança Pública, por meio da Delegacia de Homicídios com apoio da Superintendência de Homicídios, informa que vai iniciar nesta segunda-feira (14) os depoimentos das testemunhas – público, proprietário e seguranças – sobre o ocorrido na casa de eventos Patrimônio Show, Centro Histórico, na madrugada de domingo (13).
A equipe policial segue em busca do suspeito, identificado como “Playboy” que teria feito vários disparos durante o evento e acertado fatalmente Ruy Marcos Alves Rodrigues, 24 anos. Outra vítima, Mayson José Costa Barbosa, 23 anos, foi socorrida e está em observação no Hospital Djalma Marques – Socorrão I.
Quanto à interdição da casa de show, será avaliada pela Delegacia de Costumes, no decorrer das investigações.
Cena do crime
Segundo as investigações, o homicídio teria ocorrido dentro da casa de shows. O corpo, porém, foi encontrado do lado de fora. O Código Penal brasileiro no seu artigo 347 prevê pena de três meses a dois anos de detenção para quem alterar a cena do crime.
“A gente tem que incutir na cultura maranhense a preservação do local do crime. O local de crime é muito importante, qualquer vestígio que tenha nesse local precisa ser preservado e essa questão de tirar qualquer objeto do local, principalmente o corpo, prejudica muito a investigação”, disse o delegado Marco Antônio Fonseca.
O G1 tentou contato com os responsáveis pela casa de shows “Patrimônio”, mas até a publicação desta matéria não havia obtido retorno.
Reincidência
Não foi a primeira vez que um crime aconteceu próximo à casa de show “Patrimônio”. Há um ano, três pessoas morreram em frente a esta casa de show. Na época, a polícia afirmou que suspeitos em um carro atiraram várias vezes contra as vítimas, que estavam na porta do local.
As vítimas foram identificadas como Carlos Fabrício Lima dos Santos, 24 anos, morador do São Francisco e que teria saído do sistema penitenciário de Pedrinhas na sexta-feira, Ailton Marinho Jacino, 33 anos, comerciante, e Franciana Vieira Uchoa, 40 anos, moradora da Vila Vitória, que estava vendendo bombons do lado de fora do estabelecimento.
Do G1 MA