Na madrugada do feriado da Proclamação da República, um crime pelas costas – típico dos covardes – ceifou a vida de Magno Ferreira, jovem que tinha tudo pela frente além de 3 filhos, que ficaram órfãos. Por questões alheias à vontade de familiares e amigos do rosariense, filho do conhecido feirante “Nonato Sebo”, a vida de Magno tomou um rumo que, assim como um vírus, se espalha nas cidades onde há ausência de políticas públicas.
O mês de novembro é de extrema importância para a comunidade negra. A ocasião é dedicada à reflexão sobre o valor e a contribuição dos negros para o Brasil. O propósito é o de ressaltar o protagonismo das pessoas negras. A data, dentre outros temas, suscita questões sobre racismo, discriminação, igualdade social, inclusão de negros na sociedade e a cultura afro-brasileira, assim como a promoção de fóruns, debates e outras atividades que valorizam a cultura africana.
Ainda nos últimos minutos de vida, após ter sido alvejado por 4 tiros por um suposto foragido do Sistema Prisional de Pedrinhas, Magno pediu socorro, o que teria sido negado por supostos “agentes públicos” que chegaram à cena do crime. Populares que olhavam espantados o que tinha acabado de acontecer se espantaram, pois sabiam que Magno não era “de confusão”, conhecido por vender suas hortaliças.
Segundo fontes que preferem o anonimato, Magno ainda estaria vivo e pedindo que alguém o socorresse, o que foi prontamente negado por supostas “autoridades”, como já supracitado. Curiosos foram mandados entrarem nas suas casas, como se o objetivo fosse deixar morrer à míngua, como aconteceu, caracterizando uma omissão de socorro, crime tipificado no Código Penal brasileiro, em seu art. 135.
O pior vem depois. Como um animal, usando aqui termos usados pela Mãe do jovem Magno, uma carroça serviu de “Rabeção do IML”, trazendo à tona um racismo estrutural latente. Há a informação de que, quem deveria cumprir sua estrita função em nome do estado, fez de conta como se nada tivesse acontecido, o que deve dar início a uma provável apuração.
Vídeos que circulam na internet, que não serão usados aqui por respeito aos familiares e amigos, farão parte do conjunto probatório de possível investigação da conduta adotada por presentes na “passagem” de Magno.
A Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Maranhão deve tomar par do assunto.
Ao Compadre e amigo fica a música de Legião Urbana, banda que fazia parte da playlist…
“É tão estranho, os bons morrem jovens / Assim parece ser quando me lembro de você / Que acabou indo embora, cedo demais…”