Após o encerramento do segundo turno das eleições municipais de 2024, a incerteza paira sobre 46 municípios brasileiros, onde candidatos eleitos podem não tomar posse em 2025. Essas candidaturas estão sob julgamento e sendo investigadas pela Justiça Eleitoral. Caso a decisão seja desfavorável até 1º de janeiro, haverá a nulidade dos votos e a necessidade de convocar um novo pleito, criando um cenário de instabilidade política em diversas regiões do país.
Os processos pendentes envolvem questões críticas como a elegibilidade dos candidatos e alegações de compra de votos. Arlindo Fernandes, consultor legislativo do Senado, destaca que esses são os principais aspectos que permeiam as investigações eleitorais. A situação é um alerta para a integridade do processo democrático, especialmente em municípios que buscam renovação em sua gestão pública.
Essa é a situação que se passa em Bequimão, onde o candidato Zé Martins (MDB) que obteve o maior número de votos (8.152) se encontra até o momento com a candidatura indeferida. Segundo o Ministério Público Eleitoral, Zé Martins seria considerado irmão socioafetivo do atual Prefeito de Bequimão, João Martins, o que o impossibilitaria de concorrer às eleições de 2024.
A Justiça Eleitoral não possui um prazo específico para a resolução das candidaturas sub judice. Se a decisão não ocorrer até a data da posse, o candidato pode assumir o cargo normalmente, enquanto o processo judicial continua em trâmite. Contudo, se houver uma condenação posterior, o eleito poderá perder o mandato, o que levanta preocupações sobre a continuidade das administrações municipais e a confiança da população nos seus representantes.