Com a corda no pescoço em virtude dos avanços das investigações da Polícia Federal concernente a tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro tentará intimidar o Supremo Tribunal Federal (STF) no ato marcado para hoje em São Paulo. Quer mostrar que tem a força popular ao seu lado.
Do ponto de vista jurídico, Bolsonaro esquece que as responsabilidades criminais que lhe estão sendo imputadas não vão sofrer qualquer abalo com o referido ato, mesmo com tal “protesto” sendo bem-sucedido. Seria salutar combinar com os advogados, até mesmo porque se não ajuda no âmbito processual, tal manifestação poderá instigar a necessidade de tomadas de medidas mais energéticas contra “o mito”, estando entre estas a perda de sua liberdade.
Mas qual o maior risco que Bolsonaro corre? A resposta é unânime: a utilização de sua língua, esta que já provou ser o seu maior inimigo durante a “cagada do bem”. Isso mesmo, porque segundo o próprio “Capitão”, se referindo ao fato de ocupar a Presidência da República “Essa cadeira aqui é uma cagada, estar comigo é uma cagada. Vou explicar a cagada. Não vai ter uma cagada dessa no Brasil. Cagada do bem, deixar bem claro”. Bolsonaro, portanto, tem o hábito de defecar pela boca, costume que parece ter sido herdado do atual presidente Luiz Inácio Lula HAMAS da Silva. Aliás, Lula deu uma ajuda significante para inflar a presença de público nessa manifestação idealizada por Bolsonaro, ao provocar a crise com Israel.
No ato da paulista, Bolsonaro não pode mais blefar e nem levantar infundadas suspeitas em relação as urnas eletrônicas. Também não poderá propalar fake news e nem atacar o Poder Judiciário através de pitadas de insultos e provocações contra o Supremo Tribunal Federal. Se é assim, uma criança talvez fizesse a seguinte indagação: o que o tio Bozo vai fazer nesse evento? Seria, então, melhor tirá-la da sala.
Alguém, portanto, poderia dizer baixinho a seguinte frase para Bolsonaro: “Pare de fazer bobagens e de agir como maluco!” No entanto, é evidente que o ex-presidente não iria escutar. No atual momento, “o Messias” só fica em silêncio quando vai prestar depoimento para a Polícia Federal.
Inelegível até o ano de 2030, não existe uma alma que tire da cabeça de Bolsonaro que nesse momento precisa ser demonstrada força política, ao invés da força jurídica, desprezando que nesse tipo de manifestação sempre aparecem alienados e radicais com faixas com frases para fechar o Supremo Tribunal Federal, o Congresso Nacional e colocar os tanques nas ruas, para ficar no básico, o que segundo o pastor Silas Malafaia (apoiador ferrenho de Jair), “não tem nada a ver com Bolsonaro”, sendo lógico externar que a criança que fez a pergunta acima acreditaria.
Por fim, no “palanque” montado por Bolsonaro e seus apoiadores não existe um ingênuo que sonhará que não estará assumindo riscos e as consequências de abusos. Vamos torcer para que nova “cagada do bem” ocorra.