O deputado federal reeleito Josivaldo JP (PSD), que assumiu a vacância de Braide quando este assumiu a prefeitura de São Luís em 2020, mostrou ser – assim como prega Aristóteles – um “animal político”.
Seguindo o sentido literal da palavra pragmatismo, não é possível – na política – fazer tudo o que se deseja. Por vezes, para se chegar a um fim, é necessário realizar o que não pretende. É o pleno exercício da renúncia, no espaço específico da política.
Decisões contrárias à própria vontade são tomadas a todo momento na busca de uma “permanência” na política. Bem instruído, o ex-vendedor de capa de celular decidiu “se omitir” devido as necessidades contextuais que os 4 anos de mandato pela frente exigirão.
O pragmatismo de JP lhe garantiu sustentabilidade, tanto que o ex-deputado que odeia pobre “dançou” e viu o seu bandeco ser devorado na mesma velocidade da objetividade, realismo e praticidade do empresário-deputado.
Como a política é dinâmica, é necessária a prática da adequação, da adaptação ao indesejável.
Em outras palavras, se é empurrado a se equilibrar em cima do muro, no fio da navalha, na corda bamba. Isto é pragmatismo e foi adotado fielmente por JP, que não votou a favor da CPMI para apurar se houve negligência do governo Lula no 8 de janeiro nos atos antidemocráticos.
JP não quer criar rusgas com o lulismo, mesmo tendo sido bolsonarista pela conveniência…