A prefeita em exercício de Paço do Lumiar Paula da Pindoba pode fazer duas coisas e deixar a marca da sua gestão: ou transforma o município na locomotiva de si próprio, trabalha duro para isso, ou vamos continuar patinando. De fato, estamos precisando colocar fim na patinação pouco artística dos últimos quase três anos. Para isto é preciso resgatar o papel da política na sociedade luminense. É preciso que os atores políticos possam encontrar uma solução que ilumine e guie o curto e médio prazo.
O Blog agora traz uma análise do que pode ser um norte para a gestão de Paula:
1) Prefeito (a) são eleitos para governar. Este é o nosso sistema constitucional. Mesmo os riscos políticos inerentes não justificam a passividade que fomos expostos enquanto o município mergulhou “na recessão” e na desesperança. Paula precisa colocar na mesa os seus compromissos para tirar a Vila do Lume da atual situação e para comprometer os outros agentes políticos;
2) A Câmara Municipal de Paço do Lumiar também terá seu papel neste processo e precisa se organizar para debater a pauta proposta pelo governo, bem como as suas próprias medidas responsáveis para que Paço volte a se desenvolver. Não cabe a passividade propositiva ou o mero denuncismo;
3) A oposição em especial tem de se deslocar do cenário imediatista das próximas eleições e propor sua agenda no campo do possível e do responsável. Além disso, não pode tirar férias como ocorre no atual momento;
4)Paço do Lumiar não está somente capenga. Está próxima de um processo de colapso. As diarreias administrativas ao longo das últimas gestões são incompatíveis com a continuidade da recessão. É preciso revê-las e integrar os entes municipalistas no processo de se buscar saídas para a atual crise;
5) É preciso entender que as mudanças da política tanto econômica como administrativa que são requeridas para que o município volte ao equilíbrio não precisam de nova “engenharia criativa”. Tudo que tem de ser feito é simples do ponto de vista de concepção. É o óbvio. Num prazo relativamente curto, entre 6 e 18 meses é possível voltar a crescer. A “ciência” econômica tem seus postulados, mas não deve ser pregada como dogma científico. Várias alternativas são possíveis para se alcançar o objetivo do desenvolvimento;
6) Não se recomenda aperto em períodos de crise. O que é necessário é equilíbrio mínimo com o máximo possível de crescimento. Logo após este ajuste inicial, tem de ser iniciado um processo de reformas, intenso e profundo;
7) Vice-prefeitos (as) são personagens menores da política. Seu protagonismo é causa de desequilíbrio e ameaça à ordem instalada. Somente em situações excepcionais ele deve assumir. Antes de assumir, não cabe conspirar. Sabemos o que está acontecendo em Paço do Lumiar e chegou a hora de Paula ser protagonista;
8) Não pode o governo, a Câmara e o Judiciário, além da polícia e do MP, tornar investigações sobre amplos processos de corrupção como o “motor” da política. As apurações devem ser feitas e executadas e os protagonistas tem de afastar do notíciário policial. Só deve ser paralisado que tem raízes na corrupção. O Judiciário é que deve ser o protagonista dos processos de investigação e punição;
9) Não menos importante, erros tem de ser corrigidos pelas instituições e não por iniciativas claramente destinadas a complicar o cenário político local. É preciso sapiência;
10) Fernando Muniz, Presidente da Câmara Municipal de Vereadores, tem de ser ilibado e tem nas mãos a missão de fazer a instabilidade institucional acontecer;
11) A reflexão e o debate na mídia tem de ser equilibrado e menos partidarizado. São tão importantes quanto fatos deploráveis que devem ser publicados com equilíbrio;
12) O funcionalismo público é setor privilegiado no atual momento. Tem estabilidade de emprego e vencimentos que foram aumentados substancialmente nos últimos anos. Chegou a hora de dar a sua contribuição;
EM TEMPO
Sou um daqueles que acredito que Paço do Lumiar merece mais do que vem recebendo…