Flavio Dino, governador do PCdoB no Maranhão, ao que tudo indica parece não ter mudado suas origens. No atual momento político que está colocado, o governador é o mesmo que em 2014 estava numa árdua campanha como cabo eleitoral de Aécio Neves e agora de maneira aberta deixa claro que Lula é carta fora do baralho, e que por consequência só há uma saída: apoiar Ciro Gomes.
Afirmavam que Flavio Dino era contra o golpe, mas a grande verdade demonstrada na prática, é que isso nunca se confirmou e se reafirma neste momento onde capitula diante do golpe e tripudia diante da prisão arbitrária de Lula. O mais curioso, que diante desse posicionamento, a candidatura de Manuela D’Avila pelo PCdoB não tem valor algum, quando finalmente a real intenção era apoiar Ciro Gomes, o maior candidato abutre entre os presidenciáveis no processo fraudulento dentro do golpe.
O contraditório nessa situação, é que ao mesmo tempo em que Flavio Dino dá respaldo aos golpistas referendando o golpe e apagando Lula do cenário político, o mesmo sofre ataque dos golpistas sabendo que ele está sendo um grande alvo dos mesmos no estado do Maranhão, diante de uma tentativa de intervenção militar nos órgãos de segurança. Logo, com esse posicionamento somente tende a reforçar os ataques contra ele mesmo.
Ou seja, se antes o PCdoB afirmava -enquanto Lula estava solto- que necessitava apresentar um programa e que agora com a maior liderança popular presa esse programa se demonstra com o apoio à candidatura de Ciro Gomes, cuja figura representa a direita ao contrário dos que afirmam que o mesmo seja uma opção à esquerda. Essa é a política de Flavio Dino, não vê aquém -apoiou Aécio- agora Ciro Gomes, a questão são as eleições, essa é a característica clara do oportunismo eleitoral, enquanto Lula está preso, não existe unidade na esquerda se não a luta contra o golpe, oposto a isso é política de capitulação e oportunismo.