O líder do PT na Câmara dos Deputados, deputado Paulo Pimenta, falou sobre a entrevista do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) à Folha de S. Paulo:
“Lula será candidato. Não vamos trabalhar com outros cenários hipotéticos. Todos têm legitimidade para propor candidaturas e apresentar candidatos, mas quem define a estratégia eleitoral do PT são os petistas. No segundo turno estaremos juntos se Lula não vencer no primeiro”.
Dino, em entrevista à Folha, disse que o PT, PCdoB e PSOL deveriam abrir mão de suas candidaturas para apoiar Ciro Gomes. Registrou o jornal:
Para Dino, a multiplicidade de candidaturas ameaça o seu campo político de perder já no primeiro turno. “Está chegando o momento de admitir uma nova agenda. Se não oferecermos uma alternativa viável, você pode perder a capacidade de atrair outros setores do centro que se guiam também pela viabilidade”, disse na sexta (4), na sede do governo.
Segundo Dino, a união da esquerda hoje se daria em torno de Ciro, porque ele “é hoje e o melhor posicionado”. Lula está inabilitado e “o PT não tem nome capaz de unir nesse momento”, disse.
Sem Lula nas pesquisas de intenção de voto, entre os nomes identificados como de esquerda, o cearense é o que herda a maior parcela do eleitorado lulista —15% no cenário mais favorável medido pelo Datafolha em abril. Manuela D’Avila (PC do B) atrai 3% dos votos do ex-presidente.
A declaração de Dino foi publicada um dia depois de Leonardo Boff, após visitar Lula, dizer que o ex-presidente é “candidatíssimo”.