Coronelismo é um brasileirismo usado para definir a complexa estrutura de poder que tem início no plano municipal, exercido com hipertrofia privada – a figura do coronel – sobre o poder público — o Estado —, e tendo como caracteres secundários o mandonismo, o filhotismo (ou apadrinhamento), no Maranhão acompanhamos atônitos o caso dos Capelães – mais de 50 – nomeados pelo governador Flávio Dino, sem concurso. O único requisito é ser pastor, padre e apoiar o projeto político-pessoal de Dino. É o suficiente para garantir vultuosas somas de dinheiro e uma conta bancária gorda e abençoada.
O voto branco e nulo são resquícios desse coronelismo, já que esses votos só facilitavam a entrada dos candidatos no poder. Funcionava da seguinte forma: em uma cidade com 100 mil habitantes e 10 candidatos, por exemplo, para ser eleito eram necessários 10 mil votos. Se 20 mil pessoas votassem branco ou nulo, só eram necessários 8 mil votos para se eleger. Desse modo, menos votos teriam de ser comprados e menos pessoas ameaçadas, Voto de cabresto, neste caso dos fiéis que vão no seu périplo de casa pra igreja e da igreja pra casa, abençoados pelos capelães que apoiam o comunista Flávio Dino.
Como forma de mandonismo, o coronelismo tem origem no período colonial – quando era inicialmente absoluto o poder do chefe local, evoluindo em seguida para formas mais elaboradas de controle, chegando nas modernas formas de clientelismo – prática eleitoreira de certos políticos que consiste em privilegiar uma clientela (‘conjunto de indivíduos dependentes – capelães’) em troca de seus votos; troca de favores entre quem detém o poder e quem vota.
Assim, de tanto falar em Coronelismo, Flávio Dino quer se transformar num “Coroné”…