O vereador Sá Marques, que também é policial civil, participou, na tarde da última sexta-feira (23), de uma audiência pública que discutiu Projeto de Lei do Executivo Estadual, que trata sobre a organização administrativa da Polícia Civil. O evento contou com a presença de várias autoridades políticas, entre elas, os deputados estaduais Júnior Verde, presidente da Comissão de Segurança na AL-MA , do autor da audiência, Eduardo Braide, do deputado Wellington do Curso, além de representantes de entidades ligadas a área da segurança.
Durante a audiência, Sá Marques defendeu a categoria, destacando pontos fundamentais de garantia de direitos aos policiais civis. Um dos temas debatidos, foi a possível retirada de entidades representativas da classe, tais como o Sinpol e Adepol, do Conselho da Polícia Civil, que, para o vereador, é um verdadeiro retrocesso.
“Esta medida é um grande erro. O Conselho da Polícia Civil deve contar com a efetiva participação das Associações de Policias Civis e Delegados da Polícia Civil e Sindicato dos Policiais Civis, entidades representativas da categoria. Obviamente que meu posicionamento sempre será contrário a esta possibilidade, que espero profundamente que não se concretize“, ressaltou Sá Marques.
O parlamentar também se mostrou contrário ao fim do pagamento de diárias e ajudas de custo a policiais, quando o trabalho for em outro no município, mas de uma mesma regional a qual trabalham.
“Vou citar um exemplo:Um policial lotado em Imperatriz e que tenha que fazer um trabalho de investigação em Riachão, ele deixaria de receber diária e ajudas de custo, o que não concordo de maneira alguma, pois, o policial viaja para trabalhar, a serviço do Estado, e para defender a sociedade, garantir a segurança e cumprimento da lei. São direitos que não podem ser tirados”, enfatizou o vereador.
Outro ponto criticado por Sá Marques, foi a redução do repasse destinado a Polícia Civil. O valor já era considerado baixo e apresentou queda. Do total repassado para área de segurança, apenas 0,7% seria destinado a categoria, montante menor do que no ano passado, quando era de 0,8%, percentual também muito baixo, não condizente com os complexos e importantes trabalhos desempenhados pela Polícia Civil.
“Como vereador e policial civil há mais de 20 anos servindo essa honrosa corporação, jamais abandonarei meus colegas, continuarei vigilante e lutando por melhorias para a classe. A polícia civil merece ser olhada com mais respeito, melhores condições de trabalho, estrutura e salários. A busca incessante é pela valorização dos profissionais que integram a Polícia Civil”, pontuou Sá Marques.
O Projeto de Lei já foi encaminhado pelo Executivo e seria votado na terça-feira (27) na Assembleia Legislativa, mas, na sessão desta segunda-feira (26), o presidente Othelino Neto anunciou que o Projeto será revisado e que será votado em nova data a ser divulgada.
O Vereador Sá Marques também aproveitou a oportunidade para parabenizar todo o empenho e a movimentação das entidades e classes da Polícia Civil, assim como a sensibilidade dos deputados, que vislumbraram a não prejudicialidade da categoria da policia, em especial os deputados Eduardo Braide, Wellington do Curso e Júnior Verde.
“Quero aqui solicitar a sensibilidade por parte da Assembleia na busca da valorização dos policiais civis e que respeite as conquistas adquiridas com tantas lutas dos trabalhadores e que seja cumprido o que foi prometido a categoria”, finalizou o parlamentar.