Estamos em um momento propício à reflexão e eu aproveito aqui para pedir mais sensibilidade às causas humanas por parte de nossos governantes. Estamos em uma época em que a violência, a negação de direitos como saúde e educação tornou-se algo banal, algo comum… Estamos em um cenário em que a pobreza, o preconceito e a lesão aos direitos são os protagonistas e o acesso à educação, à saúde e demais direitos sociais são apenas figurantes. Ora, estamos no período natalino e nada mais coerente que nos debruçarmos sobre a história de Cristo.
Jesus optou pelos oprimidos e renegados, pelos miseráveis, leprosos, prostitutas, bandidos. Solidarizou-se com o refugo da sociedade em que viveu, contestou a ordem que os excluiu. O Cristo bíblico foi um dos mais inspiradores defensores dos direitos humanos. Analisando isso, questiono-me sobre o que seria dele em nossa realidade repleta de políticos que pautados em interesses egocêntricos ignoram as crianças, os idosos, as minorias…
Não é difícil de imaginar por onde Jesus andaria. Sem dúvida, não estaria com os nossos governantes cheios de si, em mundos isolados da realidade maranhense e tampouco estaria estampando nas propagandas midiáticas que passam uma ideia controvertida da realidade. Certamente, Ele caminharia pelas favelas, pelos presídios, pelos hospitais superlotados… conversaria com os jovens carentes e os incentivaria a não desistir da vida. Ele conversaria com aqueles que o Estado, por vezes, acaba por marginalizar.
Que nós tenhamos Cristo como exemplo e ajamos pautados na sensibilidade. Estamos lidando com vidas, com sonhos, com futuros… Espero que a história do Rei dos reis provoque, pelo menos, uma reflexão e nos faça saber que, apesar de ser Natal, a realidade dos maranhenses não mudará subitamente.
Wellington do Curso é deputado estadual do Maranhão