
O processo que apura a morte de Jerder Pereira da Cruz volta aos holofotes do meio jurídico após o despacho diligente do juiz João Pereira Neto, recém-chegado à 2ª Vara do Termo Judiciário de Paço do Lumiar, que já demonstra comprometimento com a efetividade e a transparência da Justiça. O magistrado determinou, de forma objetiva, o envio dos autos ao Ministério Público Estadual para manifestação sobre o inquérito policial concluído — um gesto técnico que, embora singelo em forma, representa uma postura firme e ativa diante de um caso de grande comoção local.
O caso Jerder Cruz tramita há meses entre diferentes unidades judiciais. Iniciado na 2ª Central das Garantias e Inquéritos da Comarca da Ilha de São Luís, o inquérito foi redistribuído para Paço do Lumiar após a conclusão da fase investigativa pela Delegacia Especial do Maiobão, em razão de competência territorial e da entrada em vigor da Resolução GP nº 66/2025, que reorganizou o fluxo dos inquéritos criminais no Maranhão.
Durante a instrução, o processo enfrentou questionamentos da família da vítima, que buscou habilitação como assistente de acusação, pleito indeferido por decisão judicial fundamentada, ainda sob a condução da juíza Ana Gabriela Costa Everton. Na ocasião, a magistrada destacou que a intervenção de assistente só se dá após o oferecimento da denúncia, conforme o art. 268 do Código de Processo Penal — decisão corroborada pelo parecer da promotora Marinete Ferreira Silva Avelar, da 16ª Promotoria Criminal de São Luís.
Agora, com o despacho de João Pereira Neto, o processo avança para uma nova fase. O Ministério Público será instado a se manifestar quanto ao relatório final da polícia — documento que detalha as circunstâncias da morte de Jerder Cruz, ocorrida em outubro de 2024, após episódio de surto psicótico seguido de lesões múltiplas e óbito no Hospital Socorrão II. O caso, marcado por forte repercussão emocional, envolve questionamentos sobre o atendimento e a condução do episódio que resultou na tragédia. Jerder foi espancado por populares, como mostram vídeos que circulam até hoje nas redes sociais. A viúva procurou a Polícia, que se esquivou e quando chegou já era tarde.
O novo titular da 2ª Vara de Paço do Lumiar chega mostrando pulso firme e sensibilidade técnica, adotando postura proativa na análise dos casos que aguardavam movimentação. Seu despacho, publicado em 19 de outubro de 2025, reflete o compromisso com o andamento célere dos processos e o fortalecimento da confiança da sociedade no Poder Judiciário.
Com essa decisão, o juiz João Pereira Neto inaugura uma nova fase na condução da Justiça luminense — mais presente, diligente e sensível às demandas humanas que permeiam os autos. Sua atuação reforça a expectativa de que casos complexos, como o de Jerder Cruz, finalmente trilhem o caminho da verdade e da responsabilização, sem espaço para morosidade ou omissão.
“A Justiça se constrói com passos firmes, mas contínuos. Cada despacho é uma demonstração de que o Judiciário está atento e em movimento”, resume o advogado da causa, destacando o impacto da chegada do novo magistrado.
