O presidente Luiz Inácio Lula da Silva nomeou o procurador federal Gilberto Waller Júnior como novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A nomeação ocorre em um momento crítico para a autarquia, que enfrenta uma série de desafios operacionais e de credibilidade, com destaque para a fila de mais de 1 milhão de pedidos de aposentadorias e benefícios pendentes de análise.
Waller Júnior é um nome de destaque na administração pública brasileira, com carreira consolidada na Advocacia-Geral da União (AGU). Com formação em Direito, ele já atuou como procurador-geral do INSS e diretor de Orçamento, Finanças e Logística da autarquia. Sua nomeação reflete a confiança do governo em sua capacidade de liderar uma gestão técnica e eficiente, voltada à promoção de uma administração mais transparente e acessível ao cidadão.
Antes de assumir o comando do INSS, Waller Júnior também se destacou na Controladoria-Geral da União (CGU), onde exerceu os cargos de corregedor-geral da União e ouvidor-geral da União. Nessas funções, coordenou processos administrativos disciplinares e implementou políticas públicas voltadas ao fortalecimento do controle social. Durante sua gestão, a CGU lançou o “Manual de Processo Administrativo Disciplinar (PAD)”, iniciativa que consolidou diretrizes para a padronização e transparência desses processos.
Em 2018, Waller esteve no Maranhão, onde elogiou os avanços locais em políticas de ouvidoria e transparência, incluindo a criação do Portal da Transparência e a adoção do sistema e-OUV. Segundo ele, o estado tornou-se referência nacional, em especial pela atuação premiada da Secretaria de Educação.
Além da atuação institucional, Waller também se dedica à formação acadêmica de gestores públicos, lecionando no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), em cursos voltados à gestão, controle e políticas públicas.
À frente do INSS, seu principal desafio será eliminar a longa fila de pedidos de benefícios previdenciários. O governo federal estabeleceu a meta de analisar todos os processos dentro do prazo legal de 45 dias até o final do ano. Waller também deverá coordenar ações para coibir fraudes, especialmente no Benefício de Prestação Continuada (BPC/Loas), pago a idosos e pessoas com deficiência em situação de vulnerabilidade. Estão previstas medidas como o aumento da celeridade nas perícias e a integração dos bancos de dados da União para melhor monitoramento.