É inconcebível que, em um município como Alto Alegre do Maranhão, marcado pela extrema pobreza e pela falta de recursos essenciais, a administração pública se permita desperdiçar 11 milhões de reais em materiais de expediente e limpeza. Esse valor astronômico, destinado a itens que, embora necessários, não são prioritários, é um insulto à população que sofre com a precariedade nos serviços de saúde, educação e infraestrutura. Em tempos de crise, é inadmissível que os gestores escolham investir em luxos desnecessários enquanto a cidade enfrenta desafios graves e urgentes.
A falta de transparência no processo licitatório agrava ainda mais a situação. O edital foi divulgado com cláusulas de sigilo e, ao tentar consultar a planilha detalhada dos custos e das quantidades de materiais, a população se depara com a total ausência de informações no portal do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA).
O que deveria ser um processo claro e acessível a todos se torna uma cortina de fumaça, alimentando suspeitas sobre a verdadeira finalidade dessa licitação e sobre possíveis interesses escusos por trás do alto valor…