
O caso do ex-prefeito de Rosário, José Nilton Pinheiro Calvet Filho, reflete uma decadência política comum a muitas figuras públicas que, após cometerem erros sucessivos, veem suas carreiras entrarem em colapso. A denúncia oferecida pelo Ministério Público do Maranhão, por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Rosário, acusa Calvet Filho de crime de responsabilidade ao nomear, admitir ou designar servidores sem realizar concurso público. Essa atitude não só violou a Lei de Responsabilidade Fiscal e a Constituição Federal, mas também desencadeou uma série de consequências negativas, que ilustram o caminho de decadência de muitas figuras políticas.
Erros de gestão, como o de contratar servidores sem a devida legalidade, muitas vezes têm início em ações aparentemente pequenas, mas que refletem um desprezo pelas normas e pela responsabilidade pública. Assim como outros políticos que caíram em desgraça após erros repetidos, como o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, o ex-prefeito de Rosário ignorou o princípio fundamental do concurso público, uma regra que visa garantir a meritocracia no serviço público. Isso resultou em uma série de contratações irregulares, mesmo após alertas legais e tentativas de mediação por parte do Ministério Público.
Além disso, o impacto dessas ações vai além das questões legais. A contratação indiscriminada de servidores gerou um comprometimento financeiro para o município, que ultrapassou o limite prudencial de despesas com pessoal, conforme relatado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/MA). O desrespeito aos limites orçamentários e a irresponsabilidade fiscal são características comuns a figuras políticas que, ao persistirem em erros de gestão, acabam comprometendo suas administrações e, muitas vezes, suas reputações. O caso de Calvet Filho é um exemplo claro de como decisões equivocadas, quando repetidas, podem levar uma carreira política ao declínio.
Como o caso de Sérgio Cabral, que começou sua carreira com grande apoio popular e se viu arrastado por sucessivos escândalos de corrupção, a história do ex-prefeito de Rosário reflete o inevitável fim da trajetória de políticos que não conseguem se corrigir diante dos sinais de alerta, resultando em um desgaste irreversível, tanto no âmbito da gestão pública quanto na percepção da sociedade.