Com 25 anos de experiência em campanhas políticas, o marqueteiro Pablo Nobel considera o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino o nome mais forte da esquerda para disputar a Presidência da República em 2026. Nobel, que já esteve à frente de campanhas de destaque como a de Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o governo de São Paulo e colaborou com o argentino Javier Milei no segundo turno das eleições de 2023, afirma que Dino possui as qualidades necessárias para conquistar o eleitorado brasileiro.
“Acredito que Flávio Dino é o melhor nome da esquerda para 2026. Ele é articulado, responde com firmeza quando pressionado, o que funciona bem nas redes sociais. Além disso, é nordestino, o que pode ajudar a esquerda a recuperar terreno no Nordeste, onde o prestígio do lulopetismo está diminuindo. Dino tem uma carreira sólida como gestor público e, recentemente, casou-se, o que é visto de forma positiva para uma candidatura nacional”, explicou Nobel, que atua como consultor de comunicação política na agência PLTK.
Nobel destaca que Dino é um dos poucos políticos no Brasil a ter experiência nos três Poderes – Legislativo, Judiciário e Executivo – o que, segundo ele, é um diferencial importante. Antes de assumir uma cadeira no STF, Flávio Dino foi governador, deputado federal, senador e ministro da Justiça. Contudo, para disputar a Presidência em 2026, o ministro teria que renunciar ao cargo de STF até abril do mesmo ano, conforme exigido pela legislação eleitoral.
Embora Fernando Haddad (PT) seja frequentemente apontado como um possível sucessor de Luiz Inácio Lula da Silva, Nobel não vê o ex-prefeito de São Paulo como a melhor escolha para o campo da esquerda.
“Haddad vem de três derrotas consecutivas e será responsabilizado pelo fracasso da gestão econômica, especialmente pelo aumento dos preços dos alimentos. O aumento de tributos também pesou, e o apelido de ‘Taxad’ certamente terá consequências eleitorais”, criticou Nobel.
Além disso, para o marqueteiro, o presidente Lula não seria a melhor opção para as eleições de 2026. Nobel considera que o presidente está sem um projeto claro para o Brasil e desconectado das novas formas de comunicação, o que prejudica sua capacidade de engajamento com os eleitores.
A carreira de Pablo Nobel começou em 2002, quando foi convidado por Duda Mendonça para dirigir a campanha presidencial de Lula, na terceira tentativa do então líder sindical de chegar ao Planalto. Com o tempo, Nobel trabalhou em diversas campanhas, incluindo as do PSDB, como a de Aécio Neves contra Dilma Rousseff em 2014. Nos últimos anos, o marqueteiro tem focado seu trabalho em campanhas de direita.