A cidade que hoje (14) completa 64 anos de sua instalação da Sede, vive um cenário político marcado por desafios constantes para seus ex-prefeitos, uma Via crucis, um Calvário e a ex-gestora Paula da Pindoba não foi exceção. Sua administração, que perdurou por seis anos, é agora alvo de investigações após uma série de erros e descuidos que resultaram em seu afastamento do cargo.
No centro da investigação, o Promotor de Justiça Jorge Luís Ribeiro de Araújo, à frente da 1ª Promotoria de Justiça de Paço do Lumiar, acionou o Ministério Público para apurar irregularidades nos contratos firmados pelo município com as empresas R. M. Prestações de Serviços Médicos Ltda e Laboratório Alfa Ltda, responsáveis pela realização de exames laboratoriais e de diagnóstico por imagem.
Em sua decisão, o Promotor baseou-se no artigo 37 da Constituição Federal, que exige da administração pública a observância de princípios como legalidade, moralidade e eficiência. Além disso, ressaltou que a função do Ministério Público é garantir a proteção do patrimônio público e dos interesses coletivos, conforme os artigos 127 e 129 da Constituição.
A investigação, que teve origem a partir da Notícia de Fato nº 1480-507/2024, foi convertida em Inquérito Civil, com o objetivo de apurar os fatos e, se necessário, ajuizar ação civil pública ou promover o arquivamento do caso. O Promotor determinou diligências, incluindo a nomeação de servidores da Promotoria como secretários para acompanhar o procedimento.
Em uma situação anterior, o Ministério Público de Paço do Lumiar solicitou à ex-prefeita Paula da Pindoba que não realizasse um megashow com um cantor nacional, devido a suspeitas de irregularidades no uso de recursos públicos. No entanto, a solicitação foi contestada judicialmente e, surpreendentemente, Paula obteve uma vitória, após uma “forte articulação jurídica”, que reverteu a decisão de um Desembargador, levando a questão para Brasília.
Durante esse período, a ex-prefeita não hesitou em demonstrar sua irreverência diante da situação. Em um momento de provocação, Paula publicou vídeos estilo TikTok, fazendo dancinhas e exibindo “joinhas” e risos irônicos, em claro desdém às críticas e ao pedido do Ministério Público.
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